O aspecto visual da comunicação.

Como diz um ditado bem conhecido, ‘não se deve julgar um livro pela capa’. É verdade, mas o fato é que a capa é o primeiro contato que temos com o livro e isto pode nos estimular a lê-lo ou fazer com que o deixemos de lado.

O mesmo se aplica às peças usadas na comunicação institucional, não só as que possuem uma ‘capa’, tais como livretos e folders, mas todas de maneira geral, sejam impressas (cartazes, folhetos etc.) ou digitais, tais como apresentações e vídeos. Em qualquer peça, o que primeiro impacta o público é o aspecto visual, ou seja, a maneira como os conteúdos estão apresentados. Somente depois é que entramos em contato com as informações propriamente ditas.

Infelizmente, muitas vezes este fato não é levado em conta pelos responsáveis pela condução de diversos projetos. É fácil reunir exemplos de livros de luxo ou anúncios em veículos de grande circulação, por exemplo, em que percebemos claramente que não houve a participação de um designer competente (que é o profissional que elabora esse aspecto visual, o qual chamamos tecnicamente de ‘programação visual’). Mas se levarmos em conta o gasto envolvido (impressão de livros e veiculação de publicidade são coisas caras), chega a ser triste perceber como, muitas vezes, não foi feito um investimento que representaria uma pequena fração do custo total do projeto… mas que faria toda a diferença no resultado final: o design.

Gisela Monteiro é mestre e doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Design da ESDI/UERJ, na linha de pesquisa ‘História do Design Brasileiro’. É também graduada pela mesma instituição com habilitação em ‘Projeto de Produto e Programação Visual’. Possui formação técnica em Design Gráfico pelo Senai Artes Gráficas do Rio de Janeiro e experiência na prática do Design, tendo sido responsável por diversos projetos para empresas. Atua como docente em diversas instituições do Rio de Janeiro. Seu maior interesse: promover projetos que integrem teoria e prática.