GESTÃO INTELIGENTE - Das arenas ao dia a dia: o reflexo das Olimpíadas na saúde mental global. Por Regina Brito.

As Olimpíadas que sempre trazem uma onda de orgulho, torcida e emoção para o público e nesse ano não foi diferente. Comunicadores trabalham incansavelmente durante os Jogos Olímpicos para serem o ponto de conexão entre as histórias e o público que se emociona com a garra, a persistência, a resiliência dos melhores atletas do mundo que inspiram a todos que assistem, parece que estamos passando pelas provas com eles. Quantos não gostariam de estar pertinho deles nesse momento?

Nos bastidores, porém, não são apenas sorrisos e alegrias. Simone Biles trouxe à tona o cuidado com a saúde mental como prioridade em um ambiente altamente competitivo, ao priorizar e abandonar expectativas externas para se cuidar e voltar com desempenhos impecáveis nesta Olimpíada de 2024.

O preparo dos atletas para uma prova olímpica é exigente e cansativo. Biles enfrentou desafios assim como os que enfrentamos em ambientes de trabalho que causam burnout por problemas na cultura do ambiente tóxico, assédio e abusos diversos. A OMS publicou em 2022 um plano detalhado para empresas, instituições, governos, profissionais da saúde e acadêmicos ajudarem a transformar a qualidade da saúde mental e aumentar a expectativa de vida entre 10 e 20 anos.

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) divulgou que o índice de ansiedade de jovens e adultos ultrapassam 100 mil com facilidade em 2023, principalmente crianças e adolescentes que chegam a 157 a cada 100 mil. Um dos fatores que agravam são os jogos e ficar muito tempo no celular em redes sociais, onde podem receber informações incorretas de influenciadores, trazendo um alerta para fontes de fake news em redes sociais. Os níveis de depressão são os mais elevados durante o período da adolescência, elevando o risco de aumento de casos de suicídio entre essas pessoas ainda em formação.

A saúde mental ganhou papel de protagonista global por ser agente de mudança na vida das pessoas e não é à toa, inteligência emocional, maturidade, reforma íntima, autoestima, autoconfiança e perdão são ferramentas que fortalecem diante de grandes desafios e permanecem como base durante a vida.

As desigualdades sociais e econômicas também apresentam ameaças à saúde mental. Os atletas de alto desempenho e resiliência – como Rebeca Andrade – que escolheram continuar persistindo e gradualmente ultrapassaram seus antigos limites, buscaram ajuda e apoio quando precisaram para se levantarem mais fortes e vencer para se tornarem mais tarde verdadeiros exemplos e fonte de inspiração na superação de si.

Regina Brito é graduada em Relações Públicas pela Faculdade Paulista de Comunicação (FPAC) do Grupo Campos Salles, possui mais de 5 anos de experiência em atendimento de clientes na comunicação 360 graus durante a faculdade e no mercado, trabalhando com eventos corporativos, comunicação interna, gestão de crise e marketing digital – em organizações como Clarion Events e Centro Cultural São Paulo.