FORA DA CAIXOLA - Curso para se viver.

Como muitos sabem, sou palestrante. Encaro vários desafios e analiso diversos discursos, procurando fazer o que falo, cuidando do que penso. A responsabilidade é grande.

Mas, como acredito que o verbo do século é compartilhar, procuro dividir o que sei, indico as fontes, resumo os processos e apresento técnicas que podem ser úteis para quem me acompanha.

Portanto, indico o aprendizado para quem quer evoluir, pois sem olhar além ficamos achando que mundo é apenas o que vivemos. Percebo uma legião de pessoas que decidiram arregaçar as mangas e desbravar o universo que existe fora da própria caixola. Tarefa árdua, confesso. Mas, não conheço outra forma.

Então, hoje, aproveito esse espaço para contar o quanto desejo que o leitor desta coluna se sinta incentivado a abrir um livro que está ficando empoeirado na prateleira, se inscreva em um curso que queria fazer há bastante tempo ou compareça às aulas em que já está matriculado com outra ótica, a da utilidade.

Não existe nada mais frustrante do que passar a semana e não nos lembrarmos de nada que tenha sido relevante. Este é um convite em forma de artigo. Que tal destinar algum tempo da vida para compartilhar conhecimento. Que tal fazer algo, essa semana, que modifique a sua forma de pensar?

O samba de uma nota só fica bonito em música, mas a monotonia é tão sem cor quanto sem vida.

SAMBA DE UMA NOTA SÓ (Tom Jobim)

Eis aqui este sambinha
Feito numa nota só,
Outras notas vão entrar
Mas a base é uma só.
Essa outra é consequência
Do que acabo de dizer
Como sou a consequência inevitável de você.
Quanta gente existe por aí
Que fala fala e não diz nada,
Ou quase nada.
Já me utilizei de toda escala
E no final não sobrou nada,
Não deu em nada.
E voltei p’ra minha nota
Como eu volto p’ra você
Vou dizer em uma uma nota como eu gosto de você.
E quem quer todas as notas
Ré-Mi-Fá-Só-Lá-Si-Dó
Fica sempre sem nenhuma, fica numa nota só.