DNA DE MARCA - Influenciadores virtuais ou reais?

Recentemente o assunto sobre influenciadores virtuais voltou a ser discutido depois que o conhecido mascote da Casas Bahia, chamado de Baianinho, ganhou um redesign.

O primeiro mascote da marca foi criado em 1960. Com o passar dos anos, o personagem evoluiu e, atualmente, a marca utilizava a figura de uma criança como o Baianinho. Após a transformação o mascote virou adolescente e ganhou o apelido de CB.

Sabemos que os influenciadores conquistaram muitos fãs, inclusive os influenciadores virtuais, e os mais conhecidos desse estilo são: Lil Miquela e Noonoouri. Apesar de não serem reais, as influencers gerenciadas por startups e empresas já foram contratadas por grandes marcas como a Prada.

A criação de um influencer para a marca possui pontos positivos e negativos. A modelagem 3D, por exemplo, possui um alto custo, as ações realizadas diariamente com o personagem se tornam complexas e é preciso investir em profissionais capacitados para dar vida ao influencer. Além disso, unir ações online e offline se torna difícil, pois é impossível levar o personagem para o mundo real. Claro que essa inovação também possui pontos positivos, como tornar mais fácil manter o tom de voz da marca, você também não precisa se preocupar com escândalos, que normalmente são comuns no mundo dos influencers reais.

Temos ótimos exemplos de influencers virtuais que são muito bem utilizados como embaixadores de marca, é o caso da Lu, embaixadora do Magazine Luiza, e da Nat, embaixadora da Natura. Segundo pesquisa realizada pelo Hyper Auditor, o Brasil é segundo país do mundo com maior número de influencers digitais, perdendo apenas para os Estados Unidos. Esse dado nos mostra que o influencer consegue engajar muito bem o público brasileiro. Basta dar uma olhada nos números das redes sociais da Lu para descobrir isso: apenas 20 dias depois de lançar seu perfil no TikTok ela já tinha 130.000 seguidores.

Antes de adotar essa estratégia para sua marca é preciso ter certeza que você possui verba suficiente para investir em uma modelagem 3D e uma equipe qualificada para dar continuidade ao trabalho. Caso esses dois itens não sejam possíveis, risque esta ideia da sua lista.

Maria Gabriela Tosin é graduada em Relações Públicas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Cursa especialização em Mídias Digitais na Universidade Positivo. É criadora do blog pippoca.com, atuou como pesquisadora na área de artes e mídias digitais e atualmente é analista de mídias digitais na Magic Web Design.