E o temor de se estar diante de uma manada em movimento permanece...

‘Toda unanimidade é burra’. Nelson Rodrigues.

Dando prosseguimento ao tema objeto de nossa Nota de 10 de outubro último, permanece a percepção deste OCI: interesses obscuros norteiam as atitudes de quem se arvora a ‘representante de todas as áreas da Comunicação’. Tais ‘luminares’, aproveitando-se da preguiça, da omissão e da subserviência da comunidade acadêmica de RP, obteve – às pressas -, irrefletida e impensadamente, subscrição de várias IES a um posicionamento contrário ao que tanto a pós-modernidade quanto a tradição prescrevem e exigem para as Relações Públicas e seus praticantes: somos, hoje, parte central da governança e nunca, jamais, voltaremos à periferia das decisões, onde costuma encontrar-se a comunicação – tanto jornalística quanto publicitária.

Destacamos um trecho em que fica clara a tentativa de imposição da chamada ‘comunicação organizacional’ para junto da consagrada área de Relações Públicas:

0321R01 – Relações Públicas e Comunicação Organizacional (o Manual aloca o rótulo Relações Públicas, indevidamente, na área Negócios, Administração e Direito)

Para nós, deste OCI:

– ‘Relações Públicas’ constituem subárea hoje independente e autônoma da área da ‘Comunicação’ (vide novas DCNs do MEC);

– Na classificação do CNPq estamos junto de outra subárea, a da Propaganda: ‘Relações Públicas e Propaganda’;

– É ‘indevida’ a visão que nega o movimento das Relações Públicas para o campo dos Negócios, algo altamente desejável – e histórico (a primeira especialização em RP no país deu-se, em 1953, na EBAP (Escola Brasileira de Administração Pública. E o pioneiro livro-texto traduzido, de Bertrand Canfield, incluído na coleção ‘Biblioteca Pioneira de Administração e Negócios’).

Leia – aqui – a íntegra do documento que narra o encontro ‘público-secreto’ do INEP-MEC com os tais ‘representantes-que-nunca-refletem-junto-com-os-seus-supostos-representados’.