Analfabetismo funcional em comunicação institucional.

O artigo ‘Governar pelo Twitter’, publicado no jornal O Globo (P. 2) pelo jornalista Merval Pereira, faz uma peremptória afirmação inicial:

‘O presidente Jair Bolsonaro no cotidiano do governo padece de uma paradoxal dificuldade institucional de comunicação, que não existia no candidato Bolsonaro…’.

Apesar das vírgulas (presentes e ausentes), a frase expressa uma verdade… inconveniente a quem queira gerir alguma coisa, sobretudo um mandato presidencial.

Para os críticos do presidente, esta é uma prova de que seu linguajar tosco reflete um pensamento idem. Porém, ‘normalmente’, são os que não vêem esse mesmo defeito nas falas de seus antecessores – o que é falso.

Para os apoiadores do presidente, na era pós-Bebbiano, Bolsonaro ‘voltou à essência’ publicando ‘lives’… Mesmo ladeado por alguns que, parece, tenham dedicado boa parte da vida ao ‘media training’ – o que é verdadeiro.

Há hipóteses para todos os gostos. Mas a nossa tese, neste OCI, é que – sim – a comunicação institucional do Governo Federal merece uma nota zero… com louvor.

Sobre Marcondes Neto

Bacharel em Relações Públicas pelo IPCS/UERJ. Doutor em Ciências da Comunicação pela USP, sob a orientação de Margarida Kunsch. Professor e pesquisador da Faculdade de Administração e Finanças da UERJ. Editor do website rrpp.com.br. Secretário-geral do Conrerp / 1a. Região (2010-2012).