Comemoramos este Dia Interamericano de Relações Públicas publicando a participação do querido professor Roberto Porto Simões no programa de entrevistas “Dois Pontos” deste OCI:
1 . O que o senhor tem a destacar sobre os já mais de 100 anos de Relações Públicas no Brasil?
A prática profissional e a consolidação da atividade, ao longo deste período, permitiu a construção de uma teoria que demonstra a dimensão política existente no sistema “organização-públicos”, a relação de poder entre dois ou mais elementos. Hoje, cada vez mais, os relações-públicas atuantes na área estão legitimados como aqueles que estabelecem o diálogo e a integração entre os grupos que afetam a organização e que a ajudam a prevenir crises.
2 . O que o senhor diz para quem está começando agora em termos de futuro das Relações Públicas?
O mercado de trabalho segue absorvendo os profissionais egressos das Universidades, as oportunidades são diversas, mesmo que com outros designativos ou atuação em áreas afins. A formação na Universidade é o início de uma carreira, há que aperfeiçoar-se, aprofundar as pesquisas, estudar a teoria, praticar, praticar, assim é que se aprende a fazer, efetivamente. Além disso, lembrar sempre do vínculo existente entre “poder, comunicação, informação e conhecimento”. Isto é a base da nossa atividade.
Agradecemos a colega errepê, administradora e professora-doutora Denise Avancini Alves, docente de Relações Públicas e Publicidade & Propaganda na FAMECOS/PUCRS, coordenadora do Curso de Relações Públicas, que obteve e nos enviou esta inestimável contribuição do mestre dos mestres brasileiros de RP.
Roberto Porto Simões é professor-doutor e atuou por décadas na FAMECOS/PUCRS. Autor de diversas obras capitais na área, destacando sempre a presença das Relações Públicas como operadoras da micropolítica nas organizações, seu mais recente livro é inspirador de todos nós: “Informação, inteligência e utopia: contribuição para uma teoria de Relações Públicas”, editado pela Summus (2006).