Saiu na coluna do Ancelmo Gois, n’O Globo de hoje, em sua versão impressa, a notícia de que, no Jockey Club do Rio de Janeiro, duas madames fizeram um rebu porque babás teriam entrado na piscina, acompanhando as crianças pelas quais são responsáveis.
Não foi mencionada a cor da pele das moças, mas, nesse caso, tanto faz…
O clube bateu o martelo a favor das madames, cometendo discriminação. Ora, se as babás tomam conta de crianças e não podem acompanhá-las ao mergulho, porque o clube as deixa entrar? Ora, se o clube não permite que cumpram suas funções – que incluem o “mergulho-acompanhado-dos-bebês”, afora o escandaloso preconceito, as crianças não poderão mais tomar banho de piscina, se pequenas, por estarem desacompanhadas… Elas farão o quê? Deixar as crianças dentro d’água e ficar assistindo que se afoguem?
A postura do Jockey Club carioca é inconstitucional. E as normas internas do clube não valem nada diante da Carta Magna, a chamada lei maior.
Ano passado, o clube Payssandu, também no Rio, impediu a entrada de uma babá por estar sem uniforme (!). Foi o caso “bater” na Justiça e voltar: o clube perdeu. Mais para trás, não podemos precisar quando, um condomínio da Barra também quis proibir a entrada de babás na piscina. Perdeu, igualmente.
Esta é a cara real do Brasil. Ninguém é racista até que um dos filhos ou filhas queria se casar com um negro.
E você, onde está nisso tudo?