Relações Públicas na área cultural. Por Jennifer Roza.

Assim como muitos que ainda estão nos bancos da universidade nesse momento, eu sempre tive vontade de atuar como Relações Públicas no meio da música e, graças ao estágio que realizei no Centro de Cultura Ordovás, tive a oportunidade de realizar esse sonho.

Acredito que os estágios são algo fundamental para a nossa formação profissional, pois nos dão a oportunidade de ter o conhecimento prático, algo que muitas vezes nos faz falta durante a graduação. Durante o período em que atuei como estagiária no Ordovás tive a oportunidade de trabalhar com eventos numa experiência nova para mim naquele momento – e que eu gostei muito. Com certeza fui privilegiada em poder atuar na área da cultura, um setor que não recebe a devida importância e incentivo em nosso pais.

Além de ajudar no planejamento e na execução dos eventos do Centro de Cultura Ordovás, também tive a chance de estar em contato com muitos artistas – o que me trouxe algumas boas oportunidades. Durante aquele período tive uma atuação como freelancer junto a algumas bandas caxienses e no show da banda Cachorro Grande.

Meu conselho para quem está pensando em atuar como freelancer é pensar muito bem sobre o valor que irá cobrar pelo trabalho. Não se deve cobrar um valor muito baixo mesmo que você não tenha muita experiência. Isso, além de desvalorizar o seu trabalho, acaba prejudicando o mercado como um todo e nivelando os valores cobrados por outros profissionais para baixo.

Percebi – com essas experiências – que é muito prazeroso trabalhar nesse meio. Porém, trata-se de um mercado muito difícil. Assim como os músicos têm o seu trabalho desvalorizado com cachês baixos, nossa área também não recebe a devida importância. Muitas vezes as pessoas acham que é só escrever um texto e que isso é um release, e preferem partir para o ‘faça você mesmo’ para economizar dinheiro. Resultado: amadorismo e alto grau.

Nosso papel principal está em demonstrar que nosso trabalho é importante, e tal demonstração se obtém realizando um bom trabalho e gerando bons resultados. A valorização da nossa profissão começa por nós mesmos e é um trabalho a longo prazo.

Resumindo: apesar das dificuldades, o campo cultural é um mercado com bastante demanda de serviços e que necessita de bons profissionais de comunicação. Então, se você tem vontade de atuar nesse meio, siga em frente. Não será fácil mas, com certeza, será muito gratificante.

Jennifer Roza é formada em Comunicação Social, habilitação em Relações Públicas, pela Universidade de Caxias do Sul. Tem experiência profissional em assessoria de imprensa, marketing digital e eventos. Além do trabalho em comunicação, também ministra aulas de inglês e atua como voluntária em projetos sociais em sua cidade, Caxias do Sul.