Quantas vezes eu não me peguei achando que não era criativa?!?! Por Giovanna Travensolo.

Sejamos sinceros, por anos e anos colocaram a criatividade praticamente como o último chefão do jogo profissional para quem é da área de humanas.

Oh… grande criatividade, um dom, algo que ou você tem ou não têm, que precisa fazer cursos caríssimos que te darão o grande segredo para chegar a alcançá-la.

Por essas e outras falácias que por muito tempo escutamos, sempre me peguei questionando sobre o meu trabalho em relação à criatividade. Para mim, essa caixinha da criatividade ficou apenas com profissionais que desenvolviam designs, layouts, interfaces de apps ou os copywriters responsáveis pelos famosos slogans publicitários de efeito.

Mas em uma jornada – assim como várias outras – de desconstrução profissional, comecei a reconhecer a criatividade em tantos outros entregáveis e processos que faço no dia a dia e nunca considerei como criatividade.

  • Um jeito novo de passar um treinamento
  • Um quebra-gelo em uma reunião de onboarding
  • Desenvolvimento de textos “menos” publicitários
  • Adaptação de discurso ou diálogo de acordo com a forma que as pessoas recebem informações
  • Improvisos para resolver problemas rápidos – nosso famoso jeitinho brasileiro

Enfim, são alguns de vários exemplos que me fizeram perceber que todos estão lidando com a criatividade o tempo todo e que não é um dom ou uma técnica que se nasce com ou nunca mais se desenvolve.

A criatividade está sempre em desenvolvimento e há vários hábitos e ações no dia a dia que podem ajudar a desenvolver ainda mais essa habilidade. Inclusive, há alguns livros super acessíveis e que dão ótimas dicas:

  • Roube como um artista – Austin Kleon
  • Hit Makers: Como nascem as tendências – Derek Thompson
  • Grande Magia – Elizabeth Gilbert

Só temos a ganhar em termos de inovação, agilidade e eficiência quando apostamos em desenvolver nossa criatividade.

Giovanna Travensolo é graduada em Relações Públicas pela Unesp e pós-graduada pela Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa. Nas suas próprias palavras: “movida pelo poder que a comunicação tem e em como ela pode mover mundos”. Atualmente, é consultora de projetos na Matchbox.