O despertar de consciência das mulheres. Por Angela Piotto.

As mulheres contemporâneas atuam em carreiras, buscando alicerçar-se e visando crescimento. Porém, para atingir seus objetivos, muitas necessitam lidar com assédios diários, seja de gestores, líderes e até mesmo de outras colegas no trabalho.

Elas enfrentam diariamente batalhas que nem sempre podem ser expressadas. A partir disso, é mister o despertar de seu valor, conhecer suas fragilidades e suas fortalezas. Aprender de si mesmas e buscar conhecer-se.

Somente com o despertar da consciência é possível driblar a enxurrada de críticas, falta de apoio de amigos ou familiares. Muitas vezes, as mulheres anseiam por uma torcida de seus companheiros, o que nem sempre obtêm. Na verdade, dentro de casa ocorre grande parte das invalidações.

Para firmarem-se como exímias profissionais nas mais diversas áreas, as mulheres desenvolvem a resiliência, a capacidade de superação e a automotivação.

Mas… como ultrapassar as barreiras e os preconceitos numa sociedade com raízes patriarcais tão profundas? Respondo: desenvolvendo o autoamor, enxergando a si mesma para além da aprovação masculina.

A sociedade, mesmo em pleno século XXI, ainda é dominada por um machismo estrutural. Somos diariamente julgadas por nosso pensamento crítico ou analítico, e nossos conhecimentos são constantemente postos à prova, Somoso julgadas pela maneira que nos expressamos ou pela maneira como nos apresentamos, pela aparência e por nossos corpos. Mulheres são julgadas – e culpadas – por não se submeterem às investidas de chefes e colegas.

Muitas mulheres já foram reprovadas em entrevistas ou não evoluíram em suas carreiras somente por terem se tornado mães – como se a maternidade fosse um fardo. Já, os homens, não precisam de tamanha avaliação. A paternidade traz a seguinte “reflexão”: OK, ele agora é pai… mas tem que ter quem cuide da prole. Ou seja, a mãe, a mulher. A mulher, quando questionada, é avaliada no seguinte modelo; “quem vai cuidar dos seus?”, ou “como garante que terá assiduidade no trabalho?”.

A sociedade ainda traz dois pesos e duas medidas. Somente com autoconhecimento é possível enfrentar essas e muitas situações sem que nos sintamos julgadas.

O despertar da consciência traz a tona o que de melhor temos, independente da aprovação alheia, faz ressurgir o brilho próprio e a autovalorização, incentiva a busca pelo conhecimento e o alcance de objetivos. Somente sabendo-se quem é, e o que se quer, onde se quer estar, é que é possível alcançar sucesso.

Não se abater é, pois, compromisso constante entre várias mulheres. Conquistar seu espaço tem se tornado a busca de anos, em muitas gerações. A luta para sermos tratadas com dignidade e igualdade ainda hoje é uma batalha árdua a ser vencida.

Desistir não é uma opção. Parte das mulheres tem somente a si mesmas. Então… desperte e conquiste os seus sonhos! Seus objetivos estão esperando sua determinação!

Angela Piotto é graduada em Direito, pós-graduada em Direito do Trabalho, Direito de Família e em Psicologia Jurídica e Avaliação Psicológica. Atua como Terapeuta Integrativa.