NOVA COLUNISTA: Business Intelligence: nunca vi, nem comi, eu só ouço falar. Por Regina Iack.

Business Intelligence, ou BI para os mais íntimos, nada mais é do que o meio utilizado para atingir objetivos da inteligência competitiva de uma empresa. Complicou mais do que ajudou? Então vamos detalhar mais um pouco.

Profissionais de BI utilizam pacotes de software para monitorar ambientes digitais, coletar dados, estatísticas, indicadores de performance etc., que vão gerar insights para melhorar a tomada de decisões estratégicas de um negócio. Ou seja, o trabalho de monitoramento torna mais provável o sucesso de uma decisão, isso por que utiliza dados que trazem embasamento em fatos concretos, minimizando qualquer risco.

Agora que já entendemos a teoria, vamos para a prática: em uma equipe existem os responsáveis pela coleta dos dados brutos, que são os profissionais de monitoramento, e os responsáveis por ‘lapidar’ os dados e transformá-los em todo o material que vai dar suporte às decisões, que são os profissionais de BI. Como toda composição de equipe, um não vive sem o outro. Esses profissionais são capazes de coletar os mais variados tipos de dados para os mais diversos objetivos. Pode ser para o lançamento de um produto novo, para conhecer melhor o consumidor de uma empresa, para identificar a repercussão da sua marca e um determinado contexto social… enfim, são formas incontáveis e o céu é o limite.

A FIAT Automóveis foi um grande case de sucesso quando falamos de serviços de BI. Para o lançamento da versão 2011 do seu carro mais conhecido, o UNO, a empresa tinha queria deixar o carro com a cara do seu consumidor. E como fazer isso? Exatamente, usando o monitoramento e o BI! Primeiro, a FIAT realizou pesquisas de mercado e levantou dados sobre os seus seguidores nas redes sociais. Em seguida, recorreu ao Business Intelligence para analisar tudo o que foi coletado nas pesquisas, o que foi muito útil também para que tivesse uma visão mais ampla sobre o seu mercado de atuação e pudesse planejar estratégias para futuras campanhas.

Com os resultados, a FIAT conseguiu identificar as principais exigências de seus consumidores e adequou o novo Uno a essas demandas. O sucesso de críticas e de vendas superou as expectativas e o novo veículo recebeu vários prêmios, dentre eles o de Carro do Ano em 2011 pela revista Auto Esporte.

Estamos falando de dados e coletas e insights… mas como tudo isso realmente chega ao profissional? Bem, como já comentamos, o BI trabalha com programas que coletam as informações, organizando-as em um painel criado para o seu propósito de análise. Tudo é ‘customizável’ para o seu objetivo principal. Além da análise, esses painéis, chamados de dashboards, otimizam a forma de visualização e permitem que o analista pense em ações que possam ser tomadas para melhorar as atividades da empresa.

Vamos a outro exemplo: se sua empresa está passando por uma crise e notícias pejorativas estão sendo divulgadas na mídia sobre a sua marca, é possível que você use um software de BI para coletar, em tempo real, todas as menções de portais e redes sociais que estão sendo feitas em relação à sua empresa. Mas para que isso serve? Tudo depende do seu objetivo. Esse tipo de monitoramento pode gerar agilidade para que sua equipe de comunicação elabore respostas oficiais sobre o ocorrido, criando oportunidades de ação para posicionar melhor a imagem da empresa ou gerar, até mesmo, mais conhecimento sobre impactos provocados pelo seu negócio em regiões mais remotas. Como eu disse antes, o céu é o limite.

E pensou que usamos BI apenas para ações imediatas? Não, mesmo! Com esse serviço podemos desenvolver análises prescritivas (situações que podem ser corrigidas e otimizadas com aplicações momentâneas) e preditivas (tendências que ajudam na preparação para ações futuras). Mas isso é um papo para outro momento.

Referências:

https://rockcontent.com/blog/business-intelligence-no-marketing-digital/

https://mindminers.com/blog/exemplos-business-intelligence/

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Quem sou eu? Prazer, sou Regina Iack, formada em Jornalismo pela PUC-Rio e cursando o MBA de Estratégias em Marketing Digital pela ESPM-Rio. Atuei em diversas áreas dentro da Comunicação, passando por empresas/clientes como a Incubadora Gênesis da PUC-Rio, Petrobras, Prefeitura do Rio de Janeiro e a agência Artplan, onde trabalho atualmente. Mesmo tendo um coração bem eclético, tenho um carinho especial pela área corporativa, com foco em análises e resultados. Também amo pizza, Netflix e um bom discurso.