NOVA COLUNISTA: Bruna Ribeiro - Comunicação e sustentabilidade.

Comunicação e sustentabilidade: muito além dos relatórios!

As organizações, sejam elas privadas, públicas ou sociais, posicionam-se hoje como importantes agentes da sustentabilidade. Dependendo do tamanho da organização e de sua atividade, a sua influência pode se dar tanto no bairro ou no município, como no país e no planeta. São elas que produzem os impactos positivos e negativos mais significativos no meio ambiente e na sociedade.

Somado a isso, temos uma geração que cada vez mais toma suas decisões de consumo alinhadas às questões da sustentabilidade. Como exemplo, em recente pesquisa, a consultoria Accenture se dedicou a analisar o comportamento de compra. Foram 6.000 entrevistados de 18 a 70 anos de idade, em 11 países em três regiões: América do Norte, Europa, Ásia. Como resultado, 83% dos respondentes consideraram importante ou extremamente importante que os produtos tenham menor impacto ambiental, com possibilidade de reuso e reciclagem.

Em nosso país, segundo a ‘Pesquisa Akatu 2018 – Panorama do Consumo Consciente no Brasil: desafios, barreiras e motivações’, 59% dos consumidores acreditam que as empresas deveriam fazer mais do que está nas leis e trazer mais benefícios para a sociedade.

Nesse contexto, é fundamental que as organizações não somente tenham processos de sustentabilidade, mas o público também exige uma postura transparente e honesta relacionada a esses esforços. E, para tanto, é preciso envolver um conjunto de ações de comunicação!

Isso significa que não basta fazer uma compilação dos ‘maiores sucessos’ de sustentabilidade e publicá-los em um relatório. Espera-se cada vez mais que as organizações comuniquem as realizações de que se orgulha, mas também mostre o senso de realidade, como é muito bem orientado pela Norma GRI.

E, apesar da relevante função dos relatórios de sustentabilidade, especialmente aqueles produzidos conforme a Norma GRI, é necessário que as organizações promovam diferentes espaços para o diálogo com as partes interessadas, bem como inspirem mudanças de comportamento que conduzam essas redes de relacionamento a um modelo de desenvolvimento mais sustentável.

Tudo isso envolve um olhar estratégico da comunicação, mesmo porque todos esses movimentos afetam fortemente o desempenho da empresa, a sua reputação e a aceitação – ou a rejeição – de seus públicos de relacionamento. Se não houver esse olhar estratégico, é possível que você caia nas armadilhas existentes ao falar sobre sustentabilidade.

É partindo desse entendimento que, mensalmente, compartilharei com vocês reflexões, práticas, instrumentos e tendências acerca da comunicação como pilar estratégico das organizações no universo da sustentabilidade. Conto com a sua participação nesta jornada, compartilhando experiências e percepções sobre a temática, assim como, desde já, convido a comentar e sugerir conteúdos para que sejam abordados por aqui.

Vamos juntos?

Quer conversar mais sobre sustentabilidade, comunicação e relacionamento institucional? Me chame por aqui! Vou adorar!

Confira também outros conteúdos em minha página no LinkedIn (https://www.linkedin.com/in/ribeirobruna/) e no blog da ‘3 é Par – Conexões Sustentáveis’ (www.3epar.com.br).

Bruna Ribeiro é comunicóloga, com ênfase em Relações Públicas, especialista em Comunicação Organizacional (ABERJE) e Gestão da Sustentabilidade Corporativa pela Fundação Dom Cabral. Cofundadora da ‘3 é Par – Conexões Sustentáveis’, atua no desenvolvimento do valor da sustentabilidade em organizações privadas, públicas e não-governamentais. Mais conteúdos também no Instagram: @bruribeiroh.