Marketing, política e pandemia: qual o papel do digital nas eleições 2020? Por Kelly Helena.

A cada dois anos o digital vem tomando mais espaço dentro do universo da política. Isso, por um lado, é ótimo – e por outro, nem tanto.

É ótimo quando vemos o quanto a internet pode ajudar candidatos antes desconhecidos pelo povo e a dar voz a muita gente que realmente quer fazer a diferença, e é ruim pelo lado do quanto as informações ainda podem ser manipuladas com recursos tecnológicos vindo da própria internet, as famosas fake news.

Desde a última eleição, em que elas apareceram fortemente e influenciaram diretamente na decisão de muitas pessoas, as fake news vêm sendo combatidas tanto pelas próprias redes sociais como também pela Justiça Federal – que irá intensificar a fiscalização dentro das plataformas.

Mas, tirando a parte ruim, o digital será a grande mola propulsora, a grande engrenagem, e o combustível que movimentará as eleições em 2020.

Como estamos (ainda que não pareça muito) em quarentena, e não há uma previsão real de quando a vida voltará ao normal, a famosa e fundamental campanha de rua estará suspensa.

Esse ano não vai dar para tomar pingado na padaria, comer pastel no mercado nem beijar crianças e velhinhos na rua. Também não irão acontecer as reuniões em bairros, comícios e passeatas.

Todo contato será feito com distanciamento, sem aglomeração, e com as devidas precauções – e, com isso, a internet vem como o xeque mate para quem pretende ganhar essas eleições.

E para os candidatos que já estão familiarizados com o ambiente digital não será tão difícil se enquadrar ao que o momento exige nem ao que a legislação prevê.

O desafio maior está para quem está chegando agora ou no ambiente político ou no ambiente das redes sociais. Porque, embora as redes sociais já venham sendo usadas há algumas eleições, cada eleição é diferente uma da outra; muitas coisas mudam, muitas estratégias se transformam e da mesma maneira os eleitores.

Hoje, as pessoas estão muito mais ativas e participativas a respeito da política local e nacional e buscam mais informações sobre seus candidatos na internet.

Aqueles candidatos que souberem entender a diferença do marketing político para o marketing eleitoral, vão nadar de braçada nessa campanha. Quem não sabe, vai ter que correr atrás do prejuízo e contratar bons profissionais para darem conta do recado.

E engana-se quem acha que atender qualquer tipo de cliente te capacita para atender uma campanha. Esse é um trabalho para quem vivenciou ou vivencia a corrida eleitoral e sabe como funciona o jogo político.

Em tempo: precisamos entender que, mais do que nunca, a internet e as redes sociais serão o caminho que conduzirão as eleitos de 2020. Portanto, para quem é da área, estude, especializa-se e trabalhe muito (porque trabalho não vai faltar) – e, se você é um candidato, não tente fazer sua campanha por conta própria, de forma simplista.

Como já disse lá em cima, esse ano não tem mais olho no olho nem aperto de mão. O que vai fazer a diferença é a presença digital e a consistência e constância de conteúdos feitos estrategicamente para sua campanha.

Não se arrisque e aproveite ao máximo e legalmente todas as oportunidades do digital e saia na frente nessa eleição.

Kelly Helena é formada em Jornalismo pela Unitau, tendo trabalho em jornais impressos, TV, revista, assessoria de imprensa e, há mais de cinco anos, no Marketing Digital sendo especialista em conteúdos inbound.