Jornalismo: a Geni do momento.

Sou da terceira geração de jornalistas da família e nunca me arrependi de ter escolhido o Jornalismo como minha principal atividade, apesar da oposição meu pai, também ele jornalista.

Aprendi desde cedo que uma vírgula pode mudar o inteiro caráter da entrevista.

Antes, dizer que éramos jornalistas, ajudava muito. Hoje, somos olhados de esguelha.

O Jornalismo virou uma Geni. Tudo é culpa dele. Se só tem matéria ruim, a culpa é dele; se alguém assume uma postura diferente da nossa, idem;  se faz um erro, é crucificado. Se reconhece o erro, é por puro cinismo.

Jornalismo é uma profissão fascinante, quando levada a sério. Repito: não me arrependo nem um minuto de ter seguido essa trilha e há mais de 30 anos milito para que as pautas abracem as minorias.

Pensem num mundo sem mídia.

“Joga pedra na Geni!

Joga bosta na Geni!

Ela é boa pra apanhar,

Ele é boa de cuspir”.

Eppur si muove (Galileu Galilei).

Sobre Marcia de Almeida

Jornalista, escritora, roteirista, videomaker e militante da cidadania. Carioca de Botafogo, e botafoguense de coração, escreveu 4 livros de ficção e foi por muito tempo correspondente internacional, quando cobriu a guerra da Bósnia. Integra a Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ e, assinou mensalmente, por dois anos, no Caderno RAZÃO SOCIAL d’O Globo, a coluna Razão & Cidadania, abrangendo temas relacionados a minorias: LGBTs, pessoas com deficiência, ciganos, racismo, vítimas de intolerância, preconceito etc.