Recomendo fortemente. A trama e o texto são atualíssimos. Direção: Sidney Lumet. Ano: 1976.
Quando assisti a este filme fiquei impactado. Como podiam roteiristas e produtores da indústria audiovisual americana cometerem tal autocrítica? Expor ao público as vísceras do telejornalismo, da TV enfim, e de todo o sistema capitalista?
Eu cursava Comunicação e o termo manipulação estava na boca de todos os meus professores, como um alerta. Mas eu atribuía algum poder de manipulação somente à propaganda. Ah… tolinho!
E com este filme dei-me conta de um fenômeno típico do cinema dos EUA: contar uma história desagradável baseada em fatos e personagens reais serve para purgação mental. E dessensibilização quanto a questões graves.
Sentimo-nos aliviados porque “todo mundo está vendo esse absurdo”… só que isto funciona como válvula de escape imaginária e… na realidade.. nada muda.
Filmes como Síndrome da China, Erin Brockovich, Fast Food Nation, Privacidade Raqueada e Redes de Ódio cumprem este papel. Alguns desses filmes serão citados e recomendados nesta coluna.
Bom programa!
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Caio Leonam.