GESTÃO INTELIGENTE - O papel crucial da comunicação interna na cultura corporativa. Por Regina Brito.

Um dos grandes desafios de líderes em empresas é motivar e engajar os funcionários de suas equipes por meio da comunicação interna, afinal, um time engajado se une e traz resultados. O raciocínio não está errado, porém, é preciso pensar de forma calma e estratégica.

Os profissionais de Relações Públicas têm o poder de enxergar com certa facilidade as falhas na comunicação que geram os ruídos ou fofocas que, por consequência, podem escalar rapidamente para intrigas e problemas maiores entre os departamentos, até demissões.

Por experiência própria, posso dizer que crises de comunicação interna são raramente resolvidas com o trabalho de apenas alguns profissionais, é crucial o envolvimento da liderança como apaziguadora e mediadora trabalhando em conjunto com uma equipe de comunicação interna em ações cujo objetivo é construir pontes e resolver os problemas com eficiência.

A comunicação interna pode resolver boa parte dos problemas, mas só é capaz de realmente saná-los quando age juntamente com os líderes da organização, afinal todos querem ser ouvidos, mas poucos estão dispostos a realmente escutar e trabalhar em uma solução que ajude todo o coletivo e não apenas uma pequena parcela da empresa.

Um case interessante sobre crise de imagem seria o da violência sofrida por comissários de bordo em voos internacionais por passageiros que perdem o controle. Se os funcionários não recebessem treinamento apropriado e não conseguissem se comunicar e trabalhar em equipe ao se defrontarem com um passageiro violento e reagissem precipitadamente, a imagem da empresa seria prejudicada e todos sairiam perdendo.

Profissionais de comunicação interna não precisam apagar um incêndio por dia para auxiliar os líderes de uma companhia, mas devem trabalhar em equipe com a direção da organização para prevenir problemas em potencial que possam surgir e isto acontece a partir de canais que ajudem a empresa a ter escuta ativa dos funcionários para criar planos de ações coerentes.

Claro que a cultura organizacional tem um papel fundamental na mudança. Uma cultura forte na qual os funcionários se sintam encorajados, ouvidos e saibam trabalhar em equipe pode elevar o número de novos profissionais buscando fazer parte, trazendo inovação, engajamento e mudança. Por este motivo é comum existirem campanhas de comunicação incluindo o setor de Recursos Humanos e os diretores da companhia, pois a solução sempre começa a partir da disposição de ouvir e mudar realmente o que não funciona mais.

Regina Brito é graduada em Relações Públicas pela Faculdade Paulista de Comunicação (FPAC) do Grupo Campos Salles, possui mais de 5 anos de experiência em atendimento de clientes na comunicação 360 graus durante a faculdade e no mercado trabalhando com eventos corporativos, comunicação interna, gestão de crise e marketing digital em organizações como Clarion Events e Centro Cultural São Paulo.