GESTÃO INTELIGENTE - Incêndios criminosos e o atraso nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: o papel crucial da imprensa na luta ambiental. Por Regina Brito.

O aumento do índice de incêndios criminosos durante o período da seca causa atraso na luta global para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs até 2030.

O papel da imprensa se mostra essencial em um cenário cada vez mais intenso de crime ambiental espalhado por todo o país, visto que a informação leva a um entendimento melhor sobre o cenário atual e futuro – que virá como consequência desses crimes.

De acordo com cientistas da empresa IQAir, responsável por monitorar a atmosfera global, a fumaça pode agravar doenças como asma, bronquite crônica e enfisema pulmonar, além de elevar o nível de risco de ataques cardíacos e podendo causar inflamação nos pulmões.

A ONU já alertou para o risco de novas possíveis pandemias e epidemias de doenças respiratórias, caso não consigamos reverter o impacto de práticas que prejudicam o meio ambiente. Reportagens divulgadas por portais oficiais de notícias expõem diversas pessoas envolvidas, antecipando esquemas para queimar áreas verdes públicas, privatizadas e até protegidas por lei. O Pantanal é um exemplo. Segundo a Folha de São Paulo, já foram detectados quase 1.500 focos de incêndio que estavam para acontecer, até que um jornal local divulgou uma matéria alertando às autoridades competentes.

O papel de jornalistas, assessores de imprensa, redatores, editores e comunicólogos em geral, se faz essencial para conseguirmos, em sociedade, avançar para um futuro mais sustentável e deixar para as gerações futuras um planeta melhor do que aquele no qual nascemos.

A urgência se faz presente e a comunicação não está isenta da responsabilidade de trazer luz para a verdade e práticas que fazem bem à população toda, em vez de apenas a um pequeno grupo de indivíduos. Todos podem contribuir e fazer sua parte.

Os números de denúncia para crimes ambientais são: 193 para o Corpo de Bombeiros, 181 para a Polícia Militar Ambiental e 190 para casos de emergência.

Regina Brito é graduada em Relações Públicas pela Faculdade Paulista de Comunicação (FPAC) do Grupo Campos Salles, possui mais de 5 anos de experiência em atendimento de clientes na comunicação 360 graus durante a faculdade e no mercado, trabalhando com eventos corporativos, comunicação interna, gestão de crises e marketing digital – em organizações como Clarion Events e Centro Cultural São Paulo.