GESTÃO INTELIGENTE - Conectando gerações pelo 'storytelling'. Por Regina Brito.

Grandes comunicadores ficaram conhecidos historicamente por saberem contar boas histórias e conectar pessoas, Martin Luther King, Jô Soares e Gloria Maria são exemplos.

O poder de um bom storytelling atrai o público que se envolve com o enredo, as emoções e os acontecimentos. Hollywood não seria famosa se não utilizasse dessas estratégias para engajar o público. As pessoas se identificam com os personagens, sentindo empatia ao desenvolverem conexões durante a história.

É muito comum utilizar essa narrativa para vender um produto, conseguir doações para uma causa nobre ou criar um branding inesquecível – que permanece fixo na mente das pessoas. Filmes como “Divertidamente”, da Disney, são exemplo dessa estratégia. A história bem contada leva as pessoas a sentirem empatia e conexão com os personagens, o que ativa no cérebro gatilhos emocionais através da comunicação visual e auditiva.

Sempre admirei o papel importante que designers e animadores possuem em criar histórias que permanecem na mente e no coração das pessoas de uma maneira positiva, ensinando crianças, jovens e adultos valores importantes que contribuem para formação ética de cada um, quebrando padrões previamente impostos pela sociedade. Animações como “Nemo”, “Monstros S/A” e “Soul” passam a mensagem de como a inclusão e a diversidade são importantes, substituindo valores antigos por novos, e elevando um pouco a consciência de novas gerações que irão para o mercado de trabalho com outro mindset e autoestima.

O choque entre as gerações acontece e é exposto mais abertamente atualmente em comparação com três décadas atrás. A geração Z questiona paradigmas impostos que prejudicam a saúde mental e física das pessoas no ambiente de trabalho e traz novos posicionamentos que se tornam desconfortáveis para quem já se acostumou com o sistema. Contudo, ao longo da evolução coletiva nos próximos anos, antigas crenças e hábitos sempre serão revistos e novos nascerão, claro, que devendo ser revisados constantemente – o uso da Inteligência Artificial é um exemplo.

Para construir histórias significativas e positivas sempre será necessário ouvir primeiro para garantir que o storytelling seja claro e nossa missão de gerar um mundo melhor através da comunicação seja concluída com sucesso.

Regina Brito é graduada em Relações Públicas pela Faculdade Paulista de Comunicação (FPAC) do Grupo Campos Salles, possui mais de 5 anos de experiência em atendimento de clientes na comunicação 360 graus durante a faculdade e no mercado, trabalhando com eventos corporativos, comunicação interna, gestão de crises e marketing digital – em organizações como Clarion Events e Centro Cultural São Paulo.