FORA DA CAIXOLA - Coragem define.

Se você admira ou modela alguém, certamente é porque essa pessoa teve coragem para fazer algo que você gostaria de ter feito. Aí, a minha pergunta é:

– O que move alguém que enfrenta desafios de cabeça erguida, com tamanha determinação que chega onde poucos alcançaram?

Foi assim com diversos líderes, mas também com muitos anônimos; pais, mães, avós, professores e amigos. Pessoas que, por falta de opção ou por terem uma única saída, se engajaram na ação.

Mais que planejar, agir é fundamental. Só quem tem uma ação do coração, que é a coragem, sai da zona de conforto e faz a diferença.

Eu costumo dizer que devemos sair do mundo de Matrix e procurarmos dar início a algo que sempre sonhamos, a fazer algo por nós ou pelos outros, pois assim a vida passa a fazer sentido. O difícil é dar o primeiro passo e é nessa hora que qualquer coisa pode ser um gatilho: um texto, um filme, uma matéria de telejornal, um momento difícil, entre outras.

Eu torcerei para que esse artigo possa incentivar você a fazer algo que sempre sonhou. Tenho que agradecer a muitas pessoas que foram exemplo para mim, em quem me espelho e que me enchem de FORÇA para ir adiante. Uma delas é o mestre Luiz Fernando Magliocca, que foi meu professor e chefe na Rádio Bandeirantes AM, quando o veículo era uma potência no mundo da comunicação. Ele me ensinou a ir avante quando se está fazendo a coisa certa, me encorajou logo no início da minha carreira.

Trinta anos depois, fui convidada por ele a participar de um encontro de jornalistas paulistas. Muitas mentes brilhantes, muitas histórias, vários exemplos. Foi um dia incrível estar perto de tantas pessoas que eu admiro e foram modelo para mim. E, por ironia no destino, nesse mesmo dia, me tornei professora universitária. Chorei de emoção por realizar um sonho.

De ato de coragem a novo ato de coragem, vamos a acreditando que a vontade do coração é soberana. Admiro Martin Luther King – que me ensinou que o pior não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons. Me inspirei em Marina Colasanti, que me fez enxergar que não devemos nos acostumar ao que é ruim. Dou um salve a Caetano Veloso que disse, certa vez, que cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.

Além deles, Artur da Távola me ensinou: ‘Permita-lhe ser feliz com você’. E com essas histórias, me despeço com o jargão de Ibrahim Sued, um homem que me inspirou com o seu ‘ademã, que eu vou em frente’.