Eu acredito na soma. Por Carolina Denardi.

O tema do momento é sem dúvida o ChatGPT e, claro, não poderia eu abordar outro tema no meu artigo deste mês se não esse e sob o olhar de uma comunicadora, que tem o jornalismo, a verdade e a transparência em essência e os relacionamentos e conexões como propósito.

Na prática, a Inteligência Artificial pode dar inúmeras informações, é uma generosa fonte de inputs para campanhas personalizadas e relacionamentos dirigidos, o futuro da comunicação é transpassado por ela, mas é a leitura desses dados pela inteligência humana que norteia a estratégia para o melhor uso dessas informações.

Eis a manchete: “Não sou fonte confiável para estudantes”.

A afirmação é do próprio ChatGPT em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada na edição de 07 de fevereiro, onde explica: “O ChatGPT é um modelo de linguagem baseado em transformers desenvolvido pela OpenAI. Ele é treinado com milhões de exemplos de texto na internet e usa esse conhecimento para gerar respostas para perguntas em linguagem natural”.

Continua o entrevistado: (…) “Embora seja uma ferramenta poderosa para responder a perguntas rápidas e fornecer informações gerais, ele não deve ser considerado uma fonte confiável de informação para estudantes. As respostas geradas pelo modelo podem conter vieses e erros e o modelo não é capaz de avaliar a qualidade e a precisão das informações. Portanto, é importante que os estudantes verifiquem as informações obtidas através de múltiplas fontes confiáveis antes de usá-las”.

E é aí que eu queria chegar.

Vale a pena proibir ou o melhor caminho é trazer o tema para a roda, para a mesa, para a sala de aula? Escolas públicas de Nova York baniram a ferramenta. Austrália foi para o mesmo caminho. No Brasil, algumas universidades e escolas privadas trouxeram o tema para dentro, promoveram o diálogo com pais e professores; vamos conversar sobre e, ao contrário de preguiça, o relato de alguns jovens universitários para a experiência com o GPT foi: (…) “temos que estar acima da ferramenta” …no sentido de que podem usar, mas atentos aos riscos e a importância do checar.

As habilidades humanas são imbatíveis.

Em todos os eventos que acompanhei sobre futurismo e inovação o senso comum é: “o cérebro humano é onde se espera chegar, mas a inteligência humana é única…”. A se considerar, ainda, que o conteúdo os artigos, as matérias, as conversas e os textos em geral, que alimentam o ChatGPT, foram criados por humanos.

Sigo nessa premissa, impactada pelo privilégio de poder assistir a evolução da comunicação, das mudanças nos relacionamentos ocasionadas pela chegada da internet, dos dados em 5G e a interação da Inteligência Artificial para compor com a Inteligência Natural e o olhar humano.

Quem convive comigo já me ouviu dizer algumas vezes que, para mim, inovação é a fusão bem-sucedida da experiência com o novo. O olhar aprofundado para o tema de quem entende e estuda o tema…

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As experiências relatadas por quem usou a ferramenta…

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Acessibilidade, fácil acesso à ferramenta, disponível a qualquer pessoa interessada…

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Relações trilhadas a partir do uso da ferramenta e relato da experiência, possibilitando novas conexões…

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Pais, avós, crianças, tios, professores, jovens trocando ideia sobre o assunto e em alguns casos ouvindo pela primeira vez o termo Inteligência Artificial ou Chat box, mesmo que com certeza tenha usado sem clareza de que usou…

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A pluralidade de opiniões.

Sigo acreditando na soma, sigo olhando sempre para o copo mais cheio.

Sigo acreditando no novo e no diferencial em poder interagir entre o conhecido e o ainda novo, a inteligência nata ante a inteligência facilitada (artificial) e no diálogo social que essa interação pode trazer para o futuro das relações e das comunicações, pairado sempre pelo bom senso.

Esse artigo é de minha autoria, mas no meu site publiquei a versão do GPT para este mesmo tema. Convido você a clicar e conferir. Vou amar saber sua opinião sincera sobre qual te agradou mais!

Excelente término de semana e Carnaval a você!

Grata por ter chegado até aqui.

Carolina Denardi é jornalista com mais de 20 anos de história com a comunicação, seja como repórter, chefe de redação e apresentadora, seja como  assessora de imprensa e no gerenciamento de crise. Apaixonada por pessoas e fazer ponte entre elas. Essência e fundadora da CD Comunica | https://www.linkedin.com/in/carolinadenardi/