É de senso comum que muito se fala sobre relacionamento entre as pessoas. Mas não é de senso tão comum que pouco se sabe como instituir essa relação.
Em alguns grupos de WhatsApp dos quais faço parte o assunto “comunicação interna e crises organizacionais devido a falta dela” é deveras recorrente.
O crescimento explosivo de empresas sem estruturação comunicacional é sempre um problema. Geralmente os assuntos abordados em reuniões de tomada de decisão giram em torno de estratégias, posicionamento, diferenciação de produto e a lista segue extensa.
O problema de se estruturar apenas nessas áreas é que nos esquecemos do grande tesouro (não palpável) que temos: o nosso time. Da limpeza à gerência, do atendimento ao almoxarifado. Todos são extremamente importantes para o funcionamento preciso de qualquer organização.
Começo aqui a refletir sobre o endomarketing. A prática que traduz elementos extremamente teóricos como missão, valores e princípios em verdade, em ações e em cultura. Não é apenas a forma ou o setor que se comunica com o time, é o que se envolve, alcança, compartilha e gera resultados emocionais e laços (muitas vezes afetivos) com seus colaboradores.
Lembro-me da segunda empresa para a qual trabalhei. Como eu amava aquelas 4 opções de cores de uniforme, como eu amava receber PL, PR, PPL. Como eu me orgulhava em contar p’ra todos o nome da organização da qual eu fazia parte. Mas há vinte anos atrás, eu não imaginava que isso girava em torno da comunicação interna. Das estratégias pensadas por eles, dos álbuns de figurinhas com minha foto e dos cafés da manhã com a diretoria.
Aqui quero chamar a atenção para os dois lados da moeda: Empresa e empregado. Em pleno 2022 eu compreendo que contratar um funcionário que queira de fato cooperar com o crescimento mútuo (empresa + equipe) não é tarefa simples. Mas entendo também que as empresas que o fazem, o fazem por ter ouvido falar que tinham de fazer, não porque isto venha da cultura dos sócios ou diretores, e vejo o quanto o time de Marketing sua para estruturar esse braço do setor.
P’ra finalizar, prevenir-se de perder seu valor de mercado com estruturações comunicacionais falhas é melhor do que remediar-se criando ações aleatórias depois de um caos interno. Facilite trocas, compartilhe objetivos, construa a lealdade, reconheça líderes, delegue, trabalhe as competências. Mas se for fazer isso, faça de verdade. Afinal, colaboradores engajados têm 25% menor chance de deixar a empresa, e são 22% mais produtivos de acordo com a pesquisa Employee Engagement Research, de Kevin Kruse.
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Eu sou Juliane Maciel, diretora executiva na Loop Vídeo Produtora, sócia na Ordoo Mentoria e diretora de negócios na Oitenta Café
@jumacieloficial