DNA DE MARCA - Reabilitação de marca: Odebrecht muda identidade visual.

Sabemos que todas as marcas possuem seus altos e baixos, e que, dependendo do caso, é preciso adotar estratégias rápidas ou estratégias de longo prazo com o intuito de salvar a marca do seu fim.

No caso da empresa Odebrecht Engenharia e Construção a estratégia utilizada foi a mudança da identidade visual por completo. A reputação da empresa foi abalada após ficar no centro do maior escândalo de corrupção do Brasil, a Lava Jato.

Além da identidade visual, os nomes de diversas unidades de negócio foram substituídos. A Odebrecht Agroindustrial passou a se chamar Atvos. A Odebrecht Óleo e Gás agora se chama Ocyan. Já a Odebrecht Realizações Imobiliárias virou OR. A Braskem, controlada pela Odebrecht e Petrobras, também anunciou mudança no logotipo e na comunicação visual das unidades de negócio do grupo.

A construtora, unidade mais afetada pelo escândalo, adotou a sigla OEC, seguido do descritivo ‘Odebrecht Engenharia e Construção’. O logotipo abandonou a cor vermelha e agora aparece com as cores verde, azul e cinza.

No discurso divulgado pela empresa sobre as mudanças realizadas aparecem as palavras ‘transformação’ e ‘novo’ várias vezes, tentando convencer o público de que a Odebrecht não é mais a mesma e que novos líderes estão à frente da empresa.

Quando acessamos as páginas da empresa nas redes sociais notamos que as pessoas ainda associam a construtora à Lava Jato. Além disso, podemos observar o incansável ‘social media’ respondendo atentamente cada reclamação que envolve esse tema.

Apesar de exaustiva, é válida a luta pela reabilitação da marca. Quem não se lembra do caso do rato dentro da garrafa de Coca-Cola? E da operação Carne Fraca – que colocou a JBS em uma enorme crise?

Todos esses escândalos serão lembrados, mas o que importa mesmo é o que a marca fez para resolver a situação complicada em que se encontrava. No final só restarão as marcas que realmente se importaram com a opinião do público.

Maria Gabriela Tosin é graduada em Relações Públicas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Cursa especialização em Mídias Digitais na Universidade Positivo. Atuou como pesquisadora na área de artes e mídias digitais. Atua como produtora de conteúdo na agência Seward Comunicação Integrada.