Aqueles que sabem tudo o que está acontecendo no Brasil e no mundo, são os “cronicamente online“, os verdadeiros habitantes da internet e quem faz a roda girar.
Você já se perguntou quantas horas por dia passa online? Para um grupo crescente de pessoas, a resposta é: tempo integral. Vamos explorar o mundo dos “cronicamente online“.
Os “cronicamente online” são indivíduos que possuem uma presença constante e ativa na internet, principalmente em redes sociais, absorvendo e influenciando a cultura digital em tempo real.
Normalmente, são adolescentes e jovens adultos que participam de forma ativa em redes sociais como Instagram e Tik Tok. Alguns são responsáveis por desempenhar um papel crucial na disseminação de informações, na formação de opiniões e na criação de novas tendências.
Você já deve ter consumido conteúdo chamado react, no qual a pessoa reage ao vídeo de outra pessoa e, em seguida, emite uma opinião sobre o assunto. Muito conhecido nas principais plataformas, esse formato, além de abordar um assunto em alta, usa como gancho para chamar atenção da audiência e compartilhar a sua opinião. Afinal, a sede insaciável do ser humano em opinar sobre tudo e todos é assustadora.
O conteúdo de react é produzido por usuários cronicamente online, pois precisam estar a todo momento acompanhando as principais tendências, assuntos e notícias relevantes que possam atrair mais audiência.
A internet se tornou um lugar gigantesco onde todos podemos propagar a nossa opinião; alguns com consciência e outros apenas para disseminar o ódio. Um espaço pseudodemocrático.
Apesar disso, ainda existem desafios e implicações nesse ambiente digital. Um deles é o excesso de tempo online, que pode levar ao isolamento social, à dependência digital e à exposição de conteúdos nocivos. Por exemplo, um nicho de conteúdo em crescimento é o de true crime, refere-se a um gênero de entretenimento que explora crimes reais.
Outro desafio é a desinformação e as fake news que se espalham rapidamente na internet, exigindo senso crítico e capacidade de verificar tais informações. O caso mais recente de fake news foi a cobrança de uma taxa para transações bancárias via Pix. Foi necessária uma mobilização expressiva da imprensa e dos órgãos públicos para esclarecer a situação para a população brasileira.
No entanto, mesmo diante de tantos desafios – desinformação, isolamento social, dependência digital – o excesso de tempo online pode comprometer a saúde mental de adolescentes e jovens.
Com o fácil acesso à internet, é preocupante a quantidade de tempo que esses jovens passam online nas redes sociais.
De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Vita Alere, 33,4% dos adolescentes relataram passar mais de 6 horas por dia em telas para estudar; 65,4% estavam em redes sociais de 2 a 3 horas por dia. Um destaque é em relação ao comportamento de uso abusivo de telas, 70,7% concordaram que o tempo de tela ocupa a maior parte do tempo de lazer; e 20,5% preferem socializar online do que pessoalmente.
Diante desse cenário, o que podemos fazer para amenizar o tempo de tela e uso médio dos jovens? Quais as principais estratégias eficazes que, como sociedade, podemos promover?
As principais estratégias são incentivar atividades no offline, como esportes e atividades físicas, exercitar o corpo e descansar um pouco a mente; explorar novos hobbies como leitura, música e pintura; e ensinar ferramentas e métodos para gerenciar melhor o tempo, priorizando alternativas fora das telas, como o uso de planners ou cadernos.
É fato que não podemos mais fugir da transformação digital, da importância das redes sociais e da nova dinâmica social. No entanto, o excesso de tempo online e a exposição a conteúdos nocivos representam desafios significativos, especialmente para a nova geração.
A busca por um equilíbrio saudável entre o mundo virtual e o real, aliada à promoção de atividades offline e ao desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico, é crucial para garantir que a internet continue a ser uma ferramenta de conexão e conhecimento, e não uma fonte de isolamento e desinformação. Precisamos nos unir e saber implementar as estratégias mais eficazes e construir um futuro digital mais consciente e responsável.
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Nathália Meireles é especialista em Marketing Digital, com foco em conteúdo direcionado para as áreas de Transformação Digital, Inovação e Marketing. Graduada pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), cursa pós-graduação em Marketing Digital e Transformações Empresariais na Universidade Cruzeiro do Sul. Acredita que a escrita tem o propósito de estimular a geração de insights valiosos e contribuir para a sociedade. Além disso, é a mente por trás do blog Dig. Insights Hub, em que atua como criadora e escritora.