Assim como as pérolas naturais, que são raras e consideradas preciosas, existem pessoas que estão escondidas dentro de uma concha e nem percebem, na maioria das vezes, todo o seu potencial.
Uma beleza única, uma presença marcante, mas desconhecem tudo isso. São pessoas além do que se vê ou se sente e pouco se permitem. Ao menor sinal de perigo se fecham, se protegem da vida. Não desejam correr riscos. Habitam a zona de conforto e estão presas na sua própria gaiola.
Desconhecem os seus talentos, têm receio da entrega e vivem mais ou menos, bloqueando sentimentos, sensações, como se a vida fosse durar para sempre. Desperdiçam momentos, experiências e se enfraquecem ao invés de se fortalecer. Na realidade, nem imaginam como nos fazem bem.
Pessoas que irradiam luz por onde passam, deixando os dias mais leves, e que nos inspiram a ser melhores; que são a diferença, que chegam sem permissão, mas que nos tocam e resultam numa bênção. Como afirma o escritor Alexandro Gruber, “acredito que existem pessoas curativas, cuja simples presença e energia já bastam para fazer bem a nossa alma e ao coração”.
Elas não estão em muita quantidade pelo mundo, então se encontrar uma pessoa e a identificar como pérola rara, valorize. Se inspire nestes exemplos e aprenda a amar. Pode parecer tão óbvio, mas compartilhar afetos exige conhecimento pessoal, entrega, sabedoria, doçura no olhar. Quem julga muito se fecha, para se proteger, e acaba vivendo pela metade.
Seja aquele ser que cura as feridas, que acolhe, que já se conhece o suficiente para perceber as ciladas. Lembre sempre: se ficar difícil, comece de novo, por dentro, agora com mais experiência. Sei bem que não é no começo que conhecemos as pessoas. É no final! Então, seja observador e fique atento a sua intuição. As pessoas se revelam pelos detalhes e nos perdem pela falta deles. Se a alma sorrir, já pode ser um bom começo.
Neste jogo, reflita e avance mais uma casa, pois estamos sempre em evolução. Tenha a grandeza de reconhecer os seus limites, mas saiba que você pode tentar, tropeçar, cair, mas também voar.
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Neusa Medeiros é jornalista, com pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior. Sócia-diretora da empresa Edição 3 – Comunicação Empresarial, com diversificada atuação na área. Atuou, por vários anos, como assessora de imprensa e professora universitária na Unisinos, e como colunista no Jornal VS, do Grupo Editorial Sinos, onde segue como colaboradora.