Nas organizações, a boa comunicação contribui para a transparência pública e o compartilhamento de informações úteis aos cidadãos.
Existem muitas estratégias e receitas que sugerem como se obter sucesso na comunicação corporativa. Mas vamos falar de forma bem simples: para que ela dê certo, a informação tem que sair de onde deve sair e chegar onde precisa chegar.
A fórmula óbvia desta frase pode ajudar os profissionais da área a lembrarem que alguns elementos JAMAIS podem ser esquecidos:
1) Em uma organização, a informação de interesse para a comunicação corporativa está em muitos lugares: na diretoria, nas lideranças, nos setores, nos profissionais, no cotidiano interno, no cenário externo, nas percepções dos clientes… Ela está lá, latente, mas a comunicação só vai se estabelecer se a informação sair de onde deve sair.
É necessário que toda a organização se comprometa com a cultura de circulação de informações.
De um lado, a diretoria e as lideranças devem ter claro seu compromisso com a transparência. Se detêm uma notícia, boa ou ruim, precisam notificar a equipe de comunicação imediatamente, para que esta desencadeie as ações cabíveis.
De outro, todo profissional tem o direito e o dever de saber quais são os canais de comunicação corporativa e como acioná-los, no caso de dispor de uma informação relevante para a transparência ou a imagem da organização.
Por fim, a equipe de comunicação deve assumir uma postura proativa, circulando pela organização e mantendo uma rede de fontes para identificar potenciais assuntos a serem trabalhados.
2) Para que a informação chegue onde precisa chegar, a organização deve possuir canais de comunicação eficientes, dinâmicos e que contemplem os diferentes segmentos de público.
De nada adianta, por exemplo, divulgar uma informação de interesse para toda comunidade interna apenas por e-mail, quando sabidamente uma parcela dos trabalhadores não utiliza este canal.
Além disso, a informação só chega onde tem que chegar se fala a linguagem do público. Assim, divulgar assunto destinado a leigos por meio de um texto longo e com vocabulário técnico vai impedir que a informação cumpra seu ciclo.
É preciso lembrar que, dependendo do canal e do público, a forma de abordagem pode mudar – e, muitas vezes, são necessárias diferentes abordagens em situações diversas.
É, portanto, um desafio cotidiano para os profissionais de corporação corporativa:
- Promover a cultura de circulação de informações
- Agir proativamente
- Manter canais de comunicação adequados e gerenciar permanentemente sua eficiência
- Trabalhar cuidadosamente a linguagem dos conteúdos divulgados, de acordo com cada canal e cada segmento de público
–
Elisa Kopplin Ferraretto é jornalista e mestre em Comunicação e Informação. Atua como assessora da Direção do Hospital de Clínicas de Porto Alegre para temas estratégicos de Comunicação.