Como me formei em Jornalismo (e me encontrei no Marketing Digital). Por Jacqueline Oliveira.

Há alguns meses decidi escrever para um portal de notícias – não sabia qual, só queria escrever.

Enviei e-mails para casas de análise financeira (comecei a investir na B3 em 2019) oferecendo a função de redatora voluntária, mas não rolou – embora ainda pense que isso me faria estudar mais sobre investimentos, além de escrever sobre o que eu gosto.

Acontece que, na mesma semana, o Manoel Marcondes Neto, do Observatório da Comunicação Institucional, enviou-me uma mensagem pelo LinkedIn e me fez o convite para o time de redatores voluntários. ‘Tcharam’! Cá estou! E cá estarei todo dia 29.

Como tema do meu primeiro texto escolhi contar como me formei em Jornalismo (e me encontrei no Marketing Digital).

Atualmente trabalho com planejamento de conteúdo para mídias digitais e inbound marketing no Social Bank, só que até chegar a este salto na carreira trilhei uma longa jornada (e, acredite, tem sido inspiradora).

Como descobri o Jornalismo

Antes de optar pelo Jornalismo, estava perdida. O cenário era este: testes vocacionais inconclusivos e pais insistindo para eu escolher uma carreira considerada ‘socialmente estável’, como Veterinária, Odontologia ou qualquer cargo público.

Ainda hoje, quando nos encontramos, escuto que eu deveria tentar um concurso público – mesmo que na minha área, Comunicação. Contudo, independente da opinião que eles formaram, eu sei que desejam o meu bem.

Foi então que certo dia, a Sirlene (minha mãe) perguntou: ‘Por que você não faz Jornalismo? Você gosta de ler e de escrever, vai dar certo’.

Caramba! Como não pensei nisso? Naquele dia, a minha mãe ‘matou a charada’. Comecei o curso de Comunicação Social – com habilitação em Jornalismo – na Unitri, em 2008.

Durante quatro anos, tive o privilégio de não precisar trabalhar para pagar a faculdade e mudei o status de aluna que só tirava o mínimo no ensino médio para a aluna de notas altas no ensino superior.

Estou compartilhando isso, não para ‘ostentar’ porque era o mínimo, mas para sugerir aos pais (e futuros pais) que não pressionem excessivamente seus filhos, principalmente em matérias que eles tenham dificuldade (no meu caso, Matemática, Química e Física).

Memorizar é diferente de aprender

Memorizei várias fórmulas para não ser reprovada, mas aprendi a obter conhecimento, somente, na faculdade  porque estava estudando o que escolhi (e gostava). Como diria o palestrante e comediante Murilo Gun, ‘as escolas matam a aprendizagem’.

Início de carreira

No terceiro período fui para o mercado testar as áreas da Comunicação em que eu poderia trabalhar quando me formasse.

Trabalhei com clipping de impresso e de rádio – nada emocionante, apesar de importante. Depois, fui estagiária na produção de um programa matinal de rádio, o ‘Manhã Vitoriosa’, na Rádio Vitoriosa (emissora afiliada ao SBT).

De lá mudei para uma assessoria de imprensa (muitos coquetéis e networking) e, quando estava no último ano de faculdade, em 2012, comecei a trabalhar como repórter júnior no extinto ‘Jornal Correio de Uberlândia’, do Grupo Algar.

Depois de experimentar o rádio, o impresso e a assessoria… eu poderia ter tentado a TV, mas como se diz no interior de Minas Gerais, minha carreira ‘tombou pra outro rumo’.

Bem-vindo, marketing digital

No ano de 2015 assinei minha carta de demissão do Jornal Correio e embarquei rumo a Madrid, capital da Espanha.

O ‘plano A’ era morar fora. Porém, por uma sucessão de problemas e a grana (quase) acabando, dois meses depois, regressei ao Brasil. De volta, sem dinheiro e desempregada, vamos para o ‘plano B’.

No caso, não tinha plano B – como assim?

Você pode achar que eu fui imprudente. Pode até me chamar de irresponsável (concordo), mas não ter um plano B me fez seguir os planos de Deus.

Um dia qualquer, eu estava procurando vagas de emprego na internet quando duas palavras me chamaram atenção: inbound marketing.

Pesquisei pelo significado e descobri que inbound marketing era ‘uma estratégia de conteúdo feita para atrair as pessoas (a um blog, newsletter, e-mail marketing)’.

Ao terminar a leitura, rapidamente pensei: ‘eu sei como atrair leitores para uma mídia impressa – só preciso repetir o mesmo conteúdo no digital, certo?’.

Errado!

Escrever um release – ou uma matéria com características jornalísticas – é totalmente diferente dos artigos, landing pages, texto puro ou publiposts (posts patrocinados) que escrevo hoje.

Precisei aprender a escrever de novo para conquistar novas oportunidades e projetos que me enchem de orgulho!

Com muitos erros e acertos ao longo do caminho, continuo mergulhando no marketing digital.

Mesmo depois de cinco anos trabalhando com conteúdo digital, gestão de mídias sociais, SAC 2.0, set up de ads (anúncios), planejamento de campanhas online, tenho (muito) ainda a aprender.

Adoro conhecer mais sobre inside sales, outbound marketing, copywriting e, recentemente, growth hacking.

E por que eu estou falando tudo isso? Porque acredito que aprender sobre diferentes técnicas de marketing e ver conteúdos não relacionados (leio HQs da Marvel e DC Comics) impacta nos meus resultados e, consequentemente, na vida das pessoas que alcanço.

Entendi que os estudos não terminam, mesmo que eu tenha que me adaptar e mudar de carreira novamente. Continuo me preparando para o ritmo de mudança do mundo e isso me faz estar (sempre) em movimento. E como é trabalhar em um banco digital? É melhor ou pior que agência de publicidade? Isso vou deixar para um próximo texto…

Jacqueline Oliveira, por ela mesma: a paixão me mantém em movimento – marketing digital, empreendedorismo, planejamento onlife, inbound marketing, engagement, criatividade e inovação. Graduada em Jornalismo com especialização em comunicação empresarial, marketing digital e certificação em inbound marketing. ‘In God we trust. All other must bring data’.