Deu no blog d’O Dia e em várias mídias, mas não foi tomada nenhuma providência.
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) reverbera na mídia um discurso presente em nossa cândida sociedade de que ter filho gay é consequência de falta porrada durante a infância. Pois bem, o jornal Meia Hora publicou na quarta-feira (19), a crueldade cometida por um pai que seguiu este ensinamento. Alex Moraes Soeiro, 34 anos, morador da comunidade de Villa Kennedy, zona oeste do Rio, jogou toda sua força contra o filho de oito anos, espancando-o até a morte. Motivo: o garoto não queria cortar o cabelo.
A reportagem: “O preso disse que espancava o menino para ‘ensiná-lo a virar homem’, porque, segundo o pai, o garoto gostava de dança do ventre, tinha o hábito de vestir as roupas das irmãs e gostava de lavar louça. Levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da região, o menino faleceu horas depois após sofrer hemorragia interna em razão do espancamento. Teve o fígado lacerado a socos, entre outras coisas”.
De acordo com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, a grande maioria das denúncias de homofobia recebidas pelo Disque 100 (em 2011 foram quase 7 mil) é de violências sofrida por gays dentro de casa; 42% dos casos.
E a mídia não entra de sola na batalha para criminalizar a homofobia, o que tem sido impedido pela bancada neoevangélica no Senado Federal, há anos.
Até quando seremos adeptos da barbárie? Por qual motivo a mídia não deu foco nessa barbaridade e iniciou uma campanha para a criminalização da homofobia? Por achar que “gay bom é gay morto”?
E você, onde se coloca? Acha que os “diferentes” têm que ter espaço ou acha que devem ser varridos do mapa?
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