No começo da semana, o senador (PRB/RJ) e candidato a governador do Estado do Rio de Janeiro, “bispo” Crivella, licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), declarou considerar a homossexualidade “um pecado”.
Dias depois, participou, em São Paulo, no “Templo de Salomão”, uma mega-construção feita com uma licença de “reforma’ ( com isso, deixou de pagar 35 milhões em impostos) que, mesmo sob uma irregularidade grave (não há alvará da prefeitura concedido ao prédio, ainda), foi inaugurada – ontem -, com a presença do prefeito paulistano, Fernando Haddad (PT/SP), do governador do PSDB/SP, Geraldo Alckmin, e da presidente Dilma Rousseff (não há espaço para tantas siglas).
Pela Constituição do Brasil, o Estado é laico.
O templo custou 680 milhões, livres de impostos… mas só poderá ser visitado por que for de vans credenciadas, ao custo de 45 reais por pessoa.
Pois não é que fez-se um”apagão” no Templo de Salomão? E madame Rousseff teve que galgar três andares a pé, no escuro…
Tudo pelo voto dos evangélicos que continuam “forçando a barra” no Senado Federal, “segurando” a criminalização da homofobia, sob o beneplácito do governo Dilma.
Já Lula abriu políticas para o segmento e até posou segurando a bandeira do arco-íris.
Madame, por sua vez, brecou qualquer coisa sobre o aborto e sobre a homossexualidade.
Mas, na inauguração, Edir Macedo desceu o pau na saúde e na educação brasileiras.
É bem-feito por ter ido puxar o saco da camada mais conservadora da população.
A ultima dele, també essa semana foi, como deu n’O Globo: O candidato ao governo do Rio Marcelo Crivella (PRB) disse, durante entrevista à TV Band na madrugada desta terça-feira, que “se deixar a população da Baixada, das regiões periféricas, vivendo na miséria, essas pessoas migram para vir roubar na capital onde tem a maior riqueza”.
Imagem: Daniel Tavares (Agência Estado).