A morte dos direitos trabalhistas.

Motoristadeonibus

Esta semana, 267 deputados votaram pela aprovação de um – absurdo – projeto de lei que permite que a jornada de trabalho dos motoristas profissionais chegue a 12 horas diárias. Apenas Chico Alencar (PSOL/RJ) e outros 71 votaram contra.

O texto vai ao Senado. Federações de trabalhadores e outras entidades pressionaram contra a proposta, em defesa de direitos historicamente conquistados, mas não adiantou. O lobbying das empresas de transporte, grandes financiadoras de campanhas eleitorais, foi grande.

A permissão da jornada excessiva para motoristas não significa apenas a perda de direitos, mas também o crescimento do risco de acidentes.

E prova, como se isso ainda fosse necessário, que estamos nos tornando cada dia mais um país impossível

P.S.: Peguei a notícia no Facebook do deputado Chico Alencar. Não consegui ainda a lista dos 71 que votaram com ele – e a não divulgação de todos os nomes foi um erro da assessoria do simpático parlamentar.

Sobre Marcia de Almeida

Jornalista, escritora, roteirista, videomaker e militante da cidadania. Carioca de Botafogo, e botafoguense de coração, escreveu 4 livros de ficção e foi por muito tempo correspondente internacional, quando cobriu a guerra da Bósnia. Integra a Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ e, assinou mensalmente, por dois anos, no Caderno RAZÃO SOCIAL d’O Globo, a coluna Razão & Cidadania, abrangendo temas relacionados a minorias: LGBTs, pessoas com deficiência, ciganos, racismo, vítimas de intolerância, preconceito etc.