Tragédia ambiental e social em Minas Gerais: promiscuidade entre poderes político e econômico no Brasil.

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Este OCI publicou uma singela nota relativa à tragédia de Mariana. Como sempre, aludindo à participação que uma efetiva prática de comunicação pública (antes, durante e depois de crises) poderia ter na mitigação de danos.

Aqui, hoje, clipamos um texto mais denso sobre o fato em si, publicado pelo Correio da Cidadania em 17/11 último.

LINK – http://correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=11232%3A2015-11-17-22-21-26&catid=34%3Amanchete

Mais sobre (1) – http://www.viomundo.com.br/denuncias/beatriz-cerqueira-samarco-comanda-a-apuracao-do-crime-que-cometeu-controlando-politicos-vitimas-e-jornalistas.html

Mais sobre (2) – Caro Luiz Carlos Azenha, você errou quando disse “os relações-públicas”… Talvez quisesse fazer referências “às relações públicas” que são feitas – no Brasil, este tosco quintal – na esmagadora maiorira das vezes por coleguinhas jornalistas na “contenção” da mídia junto a quem está nas redações, e nos governos, e nos partidos…

LINK – http://www.viomundo.com.br/denuncias/bastidores-de-uma-tragedia-os-relacoes-publicas-da-samarco-dao-uma-surra-no-estado-brasileiro-que-sucumbe-ao-poder-economico.html

A seguir, minha resposta a uma ex-aluna (hoje errepê e conselheira no Conrerp1) que relata ter tremido numa entrevista de emprego na… Samarco.

Cara Fernanda Resende, seu tremor quando da entrevista de emprego na Samarco talvez tenha sido a manifestação sutil que o bom RP sente quando adentra organizações que em nada se identificam com nosso ideário.

Parece um papo transcendente demais, mas após 30 anos na profissão, ouso proferi-lo.

Se houvesse, no ‘board’ da Samarco – desde sempre – um único ser com as responsabilidades típicas de ‘public affairs’, muito do que ‘parece ter sido inevitável’ no discurso da empresa, agora, não o seria. Talvez tudo.

Nós, errepês, somos – ou deveríamos ser – treinados à luz do papel de ‘ombudsman’, ou seja, sendo o público externo DENTRO da organização, representando-o, defendendo suas posições, e prevenindo, prevenindo, prevenindo.

Advogados gostam de se ver como Erin Brockovich – e isso é legal. Mas nós preferimos – e podemos, quando ombro-a-ombro, como parte da gestão que decide – atuar ANTES.

O O.C.I. manifestou-se singelamente neste sentido por conta desta tragédia de proporções bíblicas que acometeu as belas paragens do interior mineiro. E infelizmente, devemos admitir, muitas outras virão – porquanto estejam em plena ‘gestação’ neste exato momento.

Mais sobre (3) – A Vale: uma empresa sem rosto, por Maria Fernanda Arruda (Correio do Brsil, 20/11/2015) – http://correiodobrasil.com.br/vale-uma-empresa-sem-rosto/

Sobre Marcondes Neto

Bacharel em Relações Públicas pelo IPCS/UERJ. Doutor em Ciências da Comunicação pela USP, sob a orientação de Margarida Kunsch. Professor e pesquisador da Faculdade de Administração e Finanças da UERJ. Editor do website rrpp.com.br. Secretário-geral do Conrerp / 1a. Região (2010-2012).