FETRANSPOR, RIO-ÔNIBUS, RIO-CARD: casos de polícia.

A carta pública de um usuário à agência de propaganda da FETRANSPOR, veiculada numa Rede Social, e sua repercussão:

Meu nome é FDM, tenho 53 anos e sou um cidadão do Rio de Janeiro. Fiquei sabendo por vários meios de comunicação que esta agência foi contratada com a missão de melhorar a imagem da Fetranspor. 

Atualmente, esta federação já veicula anúncios (por exemplo, na Rádio CBN) com o slogan “mobilidade com qualidade”.

Uso os ônibus do Rio diariamente e me revolto sempre que ouço o tal slogan. Simplesmente porque ele é mentiroso. O serviço dos ônibus do Rio é péssimo, com motoristas mal treinados, que dirigem como loucos e não têm postura profissional. Mas acredito que vocês não usem estes ônibus. Imagino também que, pelo padrão salarial de vocês, já se livraram deste problema. No entanto, mesmo que não os usem, já foram informados de quão insatisfeitos os usuários estão com o serviço. Daí a necessidade de melhorar a imagem da Fetranspor.

Agora, me pergunto, como vocês podem ser tão insensíveis a ponto de continuar com esta mentira? 

Como vocês podem pretender humilhar a população do Rio de Janeiro melhorando a imagem de algo que não presta? Onde está a ética da publicidade, que aceita jogar a poeira embaixo do tapete, simplesmente enganando as pessoas com belas frases? Tudo isso em troca da imensa quantia que a Fetranspor pode lhes pagar?

Peço que ponham a mão em suas consciências e recusem este cliente. Ou que trabalhem para ele apenas quando o serviço oferecido for realmente bom, o que nós todos que precisamos usar os ônibus desta cidade realmente merecemos.

Atenciosamente.

COMENTÁRIO DO OCI – Marcondes Neto

22 “curtidas” e 10 comentários depois, chega-nos o post acima. De fato, a ONG/Sindicato dos proprietários das empresas de ônibus do Rio de Janeiro já anuncia na mídia há muito tempo, sob o slogan mencionado e outros, de campanhas anteriores. A FETRANSPOR é um anunciante de peso. São milhões em propaganda. Investimento demais em meios e de menos nos fins. Por ora, só o usuário, ou um conjunto deles, poderia fazer frente ao acinte da propaganda enganosa. O caminho mais curto, para além do protesto midiático, é o Ministério Público Estadual.