Deu no Meio & Mensagem (05/02/2020), na matéria de Bárbara Sacchitiello:
Estudo global da Comscore mostra que os mais jovens estão se informando pelas redes sociais e não querem pagar para acessar conteúdo.
COMENTÁRIO
A ‘cultura’ da gratuidade completou 21 anos. Está, pois, emancipada. Viva! Só que não…
Na crise do emprego industrial – e mesmo do comercial (as vendas on-line já ultrapassaram as vendas em lojas físicas) – cada vez mais se valoriza o serviço, a criação, a e chamada economia criativa. Ou seja, gente. E o produto de algum trabalho intelectual (ou manual, artesanal), individual ou coletivo.
OK. Mas… valoriza-se como? Dando tapinhas nas costas? Emitindo um ‘valeu!’? Se for só este o ‘valor’ do ‘serviço’, o ‘pós-venda’ (para usar um termo antigo, de um tal de Marketing) não se dará… pois o ‘produtor’ do mesmo terá morrido de fome quando o ‘cliente’ voltar ao ‘ponto-de-venda’ (olha os termos do velho Marketing aí de novo!).
Encruzilhada civilizacional: como – a um – obter retorno que se transforme em sua própria subsistência (antigamente a isto se dava o nome de trabalho remunerado) se o outro nada paga?