Deu, ontem, n’O Globo (P. 24), na matéria de Bruno Rosa:
O aumento no uso de ferramentas que permitem distribuir anúncios de forma automática em sites na internet — a chamada mídia programática — vem trazendo cada vez mais problemas para anunciantes mundo afora…
Logomarca da Disney – Jacky Naegelen / Reuters
COMENTÁRIO
Em 14/02/2017, matéria veiculada pela Globo News já dera conta de que marcas institucionais como Mercedes-Benz, Starbucks e até Cruz Vermelha Internacional estavam sendo acusadas por internautas de ‘financiar’ a propaganda do Estado Islâmico – algo inconcebível.
Trata-se da tal da ‘monetização’ – uma tática corriqueira na internet a que todo e qualquer produtor de conteúdo publicado na web tem acesso.
Funciona assim: quem publica faz um cadastro e autoriza que em suas postagens de vídeo (no You Tube/Google, Facebook, e em outras plataformas) apareçam ‘banners’ publicitários aleatoriamente. Cada click reverte alguns centavos ao produtor de conteúdo (e quem paga este preço é o ‘anunciante’). Tem-se, assim, um ecossistema de ‘mídia cruzada’em que todos são veiculo e anunciantes ao mesmo tempo.
Ocorre que os – cruéis – vídeos do ISIS têm sido ‘patrocinados’ – randomicamente – pelos mais diversos anunciantes que adquirem espaço publicitário na modalidade de ‘publicidade programada’ (ou ‘programática’) no ambiente do Google (que controla o YouTube). Daí que se viu ‘banners’ publicitários da Mercedes, da rede de cafeterias Starbucks e da Cruz Vermelha Internacional exibidos sob as cruentas peças de propaganda do terrorismo islâmico.
Procuradas, as agências reconheceram o problema e puseram-se a matutar algoritmos que impeçam tal associação indesejada. A justificativa apresentada pela mídia YouTube/Google?
– A questão é que a publicidade programada é automática…