A farsa das eleições. Por Jorge Maranhão.

PAULO SKAF ENTREVISTA ESTADÃO

Deu n’O Globo de hoje, à página 21 – http://oglobo.globo.com/opiniao/a-farsa-das-eleicoes-13540677 (Imagem: Alice Vergueiro/Futura Press/Estadão Conteúdo).

COMENTÁRIO

Como se não bastassem as pirotecnias da propaganda eleitoral, há ainda o descalabro das coligações – amontoados de siglas que nem de longe são compreendidas por aqueles que deviam representar – os cidadãos eleitores. No mesmo jornal O Globo de hoje, Paulo Skaf tem reproduzida a seguinte “pérola”, dita na sabatina a O Estado de S. Paulo desta sexta-feira:

– Eu falei desde o princípio, reiteradamente, que tanto o PT quanto o PSDB são meus adversários. Consequência: nem eu estarei no palanque do PT e nem o PT estará no meu palanque. Porém, com coerência, não há dúvida que eu voto com o meu partido. O presidente do meu partido é meu amigo, [o vice-presidente] Michel Temer, é candidato em uma das chapas. O meu voto é o voto do meu partido.

E pensar que a principal razão para os nossos ajuntamentos partidários é a moeda “tempo de televisão”, que “garantirá” aos três principais candidatos à presidência da República tempos tão diferentes quanto 12 minutos, 4 minutos e 2 minutos – respectivamente a Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos.

O sistema eleitoral brasileiro está podre como instrumento de representação, mas quem poderia refundá-lo é justamente quem se beneficia da sua indigência, os políticos “profissionais”. E seguem os candidatos dizendo amém, beijando criancinhas e montando jegues, Brasil afora.

Sobre Marcondes Neto

Bacharel em Relações Públicas pelo IPCS/UERJ. Doutor em Ciências da Comunicação pela USP, sob a orientação de Margarida Kunsch. Professor e pesquisador da Faculdade de Administração e Finanças da UERJ. Editor do website rrpp.com.br. Secretário-geral do Conrerp / 1a. Região (2010-2012).