Você está pronto para ser colega na instituição na qual trabalha? Por Cinthia Flôres.

Quando nascemos, nossas primeiras palavras vêm a ser relacionadas com a família: mãe, pai, vó, maninho, e assim por diante. Com o tempo, outras palavras passam a ter significado para nós.

Ao entrarmos na escola nos deparamos com outro tipo de vocabulário, temos o professor, o colega, o amiguinho e uma série de apelidos que vão surgindo pelo meio do caminho.

Quando chegamos nas instituições para trabalhar, há o estagiário, o chefe, o gestor, o supervisor, o líder, o CEO, o assistente, e o colega… onde está? Pouco ou quase nada se fala deste ser no mundo corporativo. Já começaram a nos ver como seres humanos, mas como colegas… tá demorado.

Expressões como “o meu colega”, “a minha colega”, nos torna iguais. Colega é sinônimo de “companheiro de escola, trabalho ou ofício”, segundo o dicionário Bechara. Então, por que você é tão esquecido nas trinta ou quarenta horas semanais que passamos juntos? Não entendo, mas ele existe. Vou provar.

Quando entrei concursada para o serviço público municipal me senti uma supermulher; é necessário ter responsabilidade, disciplina, capacidade de iniciativa, assiduidade e produtividade. Pode parecer pouco, mas é um começo louvável e de conhecimento público. E o crescimento é possível mediante a meritocracia, que consiste em cursos realizados e bons feitos profissionais ou semelhança política com determinado partido.

Sabendo disto, não me restou outra alternativa a não a ver aqueles que trabalham comigo como colegas. Invenção, medo? Não! Senso de pertencimento a um determinado lugar utilizado para trabalhar, para crescer profissionalmente. Jamais desrespeitei a hierarquia. Discuti com alguns colegas e com outros cheguei a trocar opiniões sobre a existência de Deus (quer brigar com alguém, fale sobre religião – no meu caso soou tranquilo o diálogo).

Não sei você, mas eu me levo todo o dia para o trabalho, e de lá volto todos os dias. Passo perfume, o sabonete seria suficiente, mas quero ter um odor bem agradável e sem exageros. Tomo o meu café numa máquina que a prepara para mim, e não fico mais depressiva questionando se o robô me substituirá porque ele faz a mesma tarefa que eu faço. Eu descobri um diferencial. Eu tenho, eu sou e me proponho a continuar sendo colega de trabalho, inclusive colega daqueles profissionais relações-públicas com os quais não trabalho diariamente, mas que somamos na mesma profissão.

Um olhar de colega pode ser o que nos impulsionará para enfrentar os desafios do século XXI. Eu já estou tentando. Descubra-se colega.

Cinthia Flôres é relações-públicas (2076/RS/SC) pela Feevale, tem experiência em planejamento e realização de eventos internos e externos, assessoria de imprensa, relações públicas, vendas, magistério, coordenação de equipes, atendimentos a clientes pessoa física e jurídica, relações governamentais e comunicação corporativa/institucional.