Apesar de ser um formato com algumas lacunas, o desfile virtual alia tecnologia e inclusão de maneira incipiente.
Além de ajudar no aspecto religioso de uma cultura – no caso a oriental – ele serve como ferramenta para reflexão de padrões sociais em culturas ocidentais.
Com uma modelo etérea e espectral, a realidade mista coopera para que todas as cores, tamanhos e gêneros consigam se enxergar no cenário ‘fashion’.
Essa nova forma de desfile é, ao mesmo tempo, um desafio e uma oportunidade para marcas e designers de moda finalmente entenderem a necessidade de consumo de nichos, como o do plus size e da moda modesta.
A moda ainda está acordando sonolentamente para democratizar padrões estéticos. Mas este tipo de tecnologia aprofunda a discussão e dá voz a um público que merece assumir o protagonismo na sua própria forma de consumir.
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Imagem: eblnews.com
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Maria Eduarda Schmitt é graduada em Administração de Empresas pela Universidade Boa Viagem (Recife/ PE) e especialista (MBA) em Marketing pela Universidade Federal do Paraná. Atuou como arte-educadora voluntária em museus e no Instituto Ricardo Brennand durante a Licenciatura em Artes Visuais na Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência profissional em Marketing, Endomarketing e Comunicação Empresarial. Atua na área de Marketing de Produto com foco em TI e Economia Criativa.