Sobre a postura dos economistas diante da pandemia. Por Victor Hugo Abilio Coutinho.

A defesa de um ajuste fiscal para compensar o gasto público após a pandemia mostra que a Economia falhou como um instrumento de bem estar. Os economistas que defendem isso (Armínio Fraga, Marcus Lisboa, Samuel Pessoa, Alexandre Schwartsman, Mansueto Almeida et al.) são insensíveis às dificuldades do povo brasileiro de viver no próprio país e, além disso, são cruéis pois querem reduzir o papel do Estado e acabar com frágil seguridade social que temos – que, com todos os problemas, é fundamental para proteger os trabalhadores.

Se mostram como técnicos e isentos apesar de a Economia envolver escolhas políticas, que envolvem valores e ideologias. São economistas despreparados em desenvolver a Economia como ciência, pois sua tecnicidade e neutralidade impede a discussão de alternativas para a economia brasileira.

Essa postura condena o povo a baixos salários, elevadas jornadas de trabalho, falta de consciência política e autonomia. O Brasil que esses economistas tentam criar é um país com desemprego, trabalhos ruins e uma democracia autoritária via mercado, em que apenas ele deve prevalecer, mesmo quando violenta as pessoas.

Victor Hugo Abilio Coutinho é bacharel em Economia pela UERJ.