Quanto você quebra um braço precisa imobilizá-lo e ter descanso, correto? E quando você está num nível de exaustão mental, depressão e ansiedade? Não há nada para imobilizar, e não é um problema que dê para ver…
Bem, aí depende da interpretação, se levarmos em consideração a mudança comportamental de um colaborador – como isolamento social e possível agressividade – os sintomas são bastante perceptíveis como evidência de que algo não está indo bem.
Enquanto o primeiro é encarado como ‘doente’, o segundo, muitas vezes, será encarado como ‘fresco’. Os termos ‘louco’ e ‘maluco’ continuam sendo usados levianamente pela manada desinformada.
Assim como um problema crônico de ordem física, tais como a hipertensão, a depressão e a ansiedade também são tratáveis, controláveis e curáveis. E, portanto, não devem ser tabus, fontes de preconceito, e merecem ser tratados como algo usual.
Assim como o funcionário precisa procurar ajuda e tratamento especializado, a empresa pode colaborar. De acordo com Ana Merzel, psicóloga do Hospital Albert Einstein, programas de relaxamento e atividade física são ótimas iniciativas, porém insuficientes.
É necessário ‘evitar desgastes corriqueiros tais como ambientes com falta de transparência, pressões desnecessárias, situações de assédio, humilhação, intimidação ou relacionamentos desgastados. Coisas que acontecem no dia a dia e que podem levar a problemas maiores’.