Procure primeiro as perguntas! Por Laize Barros.

Quando estiver lidando com questões complexas não opte pelo caminho do óbvio, procure primeiro as perguntas que as respostas virão depois.

Assumir um papel ativo na curadoria de nossas vidas e desenvolver a autoliderança passa por fazer boas perguntas aos clientes, à nossa equipe, aos colegas, aos familiares, aos amigos e, principalmente, a nós mesmos.

Diante de desafios, exercite a arte de fazer perguntas, na vida e no trabalho.

Procurar logo as respostas pode te levar a cair na armadilha de simplificar as possibilidades.

Boas perguntas ajudam mais do que respostas imediatas.

Boas perguntas nos colocam em movimento porque nos fazem ir atrás das respostas.

Boas perguntas nos obrigam a pausar e refletir.

Boas perguntas nos mostram um caminho que muitas vezes não havíamos cogitado porque permitem a exploração do desafio ou problema, nos fazem ter insights, mudar modelos mentais, reestruturar.

Edgar Schein, criador da metodologia nomeada de Consultoria de Processos ou CP, nos ensinou que há diferentes categorias de perguntas, as confrontadoras e as de diagnóstico, com objetivos e impactos diferentes.

Uma escuta ativa favorece os resultados das boas perguntas.

Boas perguntas podem nos levar a dar o salto na direção da transformação que desejamos.

Boas perguntas permitem que façamos uma imersão, de camada em camada, seguindo na direção cada vez mais profunda do problema, tirando os véus que encobrem a origem das dificuldades.

Boas perguntas nos afastam de armadilhas e mal-entendidos porque permitem esclarecimentos e um diálogo apreciativo.

Boas perguntas nos levam à compreensão dos significados por trás de nosso comportamento e dos demais mostrando alguns padrões e repetições usados na busca de soluções. Padrões e repetições são sinais de alerta que nos levam a aprender mais sobre nós mesmos e sobre o comportamento dos outros.

Boas perguntas permitem a criação de relações mais francas e abertura para pedidos de ajuda.

Boas perguntas nos fazem dar o salto na direção da transformação que desejamos.

Brené Brown, autora best seller e pesquisadora do tema vulnerabilidade, escreveu que, na arena da vida, com a cara no chão, conhecemos quem somos de verdade.

E quem nunca?

Quando após 10 anos de docência exerci a gestão acadêmica, dei um salto na direção da transformação que desejava. Fazer a gestão acadêmica numa instituição com mais de 10.000 alunos, 5.000 professores, 100 diretores, números gigantescos, foi desafiador! Noites de insônia, excesso de horas de trabalho, reuniões infinitas. Recorri a mentores mais experientes e cursos e leituras. Venci o desafio e foram 5 anos de aprendizados.

Ao deixar a gestão acadêmica fui para gestão de projetos do Terceiro Setor, mudei minha identidade profissional, e muitas vezes era uma “estranha no ninho”. 7 anos de aprendizado.

Nestes “saltos” na direção da transformação, aprender mais sobre mim mesma e contar com lideranças inspiradoras me fez acreditar que potencial criativo e amor ao aprendizado são ingredientes para superação de desafios profissionais.

Sair dos desafios ou levantar-se da arena em momentos de vulnerabilidade exige contar com um espaço protegido para compartilhar medos e angústias, sem comparações ou julgamentos.

Uma dica!

Para você exercitar fazer boas perguntas, indico meu livro de cabeceira “Se eu fosse você o que faria como gestor de pessoas”, de Luís Carlos Queiroz Cabrera e Luís Edmundo P. Rosa.

Nunca cessamos de fazer perguntas diante de novos desafios e quando surgem novos sonhos.

Recomeços pedem novas e boas perguntas.

Agora, uma pergunta disparadora para finalizar nossa conversa e começar outras…

O que me impede hoje de fazer a transformação que desejo?

Uso e abuso de perguntas disparadoras nas práticas de exercícios presentes para criar Jornadas de Aprendizagem, minha metodologia para alinhar vida e trabalho.

As jornadas de aprendizagem funcionam como plataformas de soluções pedagógicas visando o desenvolvimento pessoal e de equipes.

Uso soluções pedagógicas para definir o formato de meus cursos e mentorias em que o foco está na aprendizagem; crio desenhos de aprendizagem colaborativos, com trilhas recheadas de práticas de ferramentas para autoconhecimento na abordagem do Design Thinking e do Pensamento Visual.

Para você, as Jornadas de Aprendizagem são uma oportunidade única e especial de aprender mais sobre você, com plataformas de experiências no formato de cursos ou de mentorias.

No caso de equipes, destaco a criação de trilhas de experiências que possibilitem aos participantes conhecerem e desenvolverem habilidades e competências para a superação de desafios grupais para uma interação mais saudável e criativa.

Sou Laize de Barros. Ajudo pessoas a criar futuros possíveis. Se você quer saber mais sobre como alinhar sua história de vida à criação de um projeto de vida e carreira, me procure para mentorias. Sou psicóloga e Mestre em Educação (USP), professora universitária e facilitadora certificada para uso de ferramentas de diálogo. Nas horas vagas, padeira e escritora de histórias de vida, as minhas e as que espio nas janelas da vida.