O relações-públicas das Relações Públicas. Por Manoel Marcondes Neto.

“Toda profissão tem um propósito moral. A Medicina tem a Saúde. O Direito tem a Justiça. Relações Públicas têm a Harmonia – a harmonia social”. (Seib e Fitzpatrick, Public Relations Ethics – 1995). In SIMÕES, Roberto Porto. Informação, inteligência e utopia: contribuições à teoria de relações públicas (2006).

Hoje, completo 50 anos de carteira profissional assinada, mas quem ganha presente é você. E, como não poderia deixar de ser, o que tenho a oferecer é pensamento, reflexão, conceito, tese, proposta. A ela, pois.

Relações Públicas, no Brasil, ganhou um estatuto acadêmico que vai muito além das “clássicas” assessoria de imprensa e gestão de crises de imagem pública (tarefas, aliás, historicamente assumidas por jornalistas no país – não adianta brigar com os fatos).

No composto de 4 Rs das Relações Públicas Plenas por mim proposto em livro de 2012 (www.RRPP.com.br), aparecem as 4 instâncias/demandas de toda e qualquer organização – do MEI à multinacional:

Reconhecimento em seu meio social;

Relacionamento com seus públicos-chave;

Relevância em seu segmento de atuação; e

Reputação administrada.

Cada uma dessas instâncias/demandas com 2 estratégias e 4 táticas, num total de 24 técnicas (ou disciplinas), todas elas constantes dos currículos acadêmicos de RP. Ou seja, podemos simplesmente esquecer a assessoria de imprensa e a gestão de crises de imagem pública e dedicar-nos a bem conhecer e praticar todas as outras 22 técnicas (estratégicas e táticas) do composto.

E mais!

Podemos difundir – no meio dos jornalistas – a ideia de, além de sua formação de origem, abarcar uma segunda atividade; a de relações-públicas, bastando para isso: (1) criar uma Pessoa Jurídica, (2) convidar um colega RP (que não precisa ser sócio, nem empregado) para assumir a Responsabilidade Técnica (RT), e (3) registrá-la devidamente no Conselho Regional de Relações Públicas da jurisdição de sua sede.