LinkedIn é muito mais que exposição de curriculum. Por Ariadne Gattolini e Marcela Matos.

O LinkedIn tem mais de 575 milhões usuários no mundo e, destes, 260 milhões são ativos mensalmente. Se, a princípio, a plataforma foi lançada com a proposta de conectar as pessoas profissionalmente, para buscar ou trocar de emprego, hoje ela é uma excelente formadora de leads e de posicionamentos. E, pasme, o Brasil é o quarto país que mais se utiliza da ferramenta (atrás dos EUA, com 150 milhões de usuários, Índia, com 50 milhões e China, com 42 milhões).

Em todo o mundo, 90% dos recrutadores usam o LinkedIn e essa rede social tem listadas nada menos que 20 milhões de empresas, com 14 milhões de vagas em aberto. Mas é ali também que as empresas deixam a sua marca e posicionamento definidos. A ferramenta não serve apenas para buscar uma nova colocação, mas, principalmente, para saber como determinada empresa se posiciona diante de termos tão atuais como diversidade e sustentabilidade, por exemplo.

Os CEOs das empresas no Brasil estão aprendendo que o LinkedIn é uma forma rápida de criar relacionamentos e, mais do que isso, de dar voz às suas expectativas em relação ao mercado e ao setor público. Estes CEOs passaram a ser porta-vozes de seus anseios e metas e, não raro, criam liderança para o seu setor.

Muitos deles descobriram que podem criar comunidades fortes em torno de seus próprios perfis, com postagens regulares, compartilhamento de experiências e vivências. Chegam a se tornar influencers em seus redutos e as empresas tiram proveito disso. Afinal, perfis pessoais são o principal foco de uma rede social e no LinkedIn não é diferente. Em outras palavras, um CEO pode fazer muito mais sucesso do que uma empresa.

E visibilidade no LinkedIn gera negócios. Pesquisas apontam que o LinkedIn é 277% mais eficaz na geração de leads do que o Facebook e o Twitter. Em B2B, a rede é uma boa captadora de negócios – 43% das empresas afirmam que obtiveram pelo menos um novo cliente através do LinkedIn.

Em nossa prática diária, temos o cuidado de conversar com os nossos clientes, a maioria CEOs de empresas prestadoras de serviços, para entender quais os seus desejos e o que querem alcançar. Não raro, troca de experiências, discussões e novos negócios, daí a importância do perfil ser cuidadosamente analisado e que um profissional de comunicação (de preferência jornalista) toque o dia a dia da ferramenta, como um ghost writer. Afinal de contas, a estrela é o CEO.

Os resultados estão sendo fantásticos. A exposição de bons conteúdos tem rendido ótimas interações e descobertas para todos. Se, nas demais redes sociais, há espaço para entretenimento, o LinkedIn veio para ampliar negócios e fixar marcas com responsabilidade e participação social. Aqueles que ainda estão fora já sabem o que estão perdendo.

Ariadne Gattolini é formada em Jornalismo, especialista em Jornalismo Digital na América Latina pela TecMonterrey, do México, pós-graduada em Administração de Serviços e atua no segmento de aviação e logística.

Marcela Matos é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora, mestre e doutora em Ciências da Comunicação pela USP. Atua há mais de 30 anos na área de Comunicação Corporativa.