Muito se tem dito sobre quais esforços as empresas têm de fazer para atrair talentos da geração Millennial, ou Y, como queira. Extensas conversas sobre propósito, geração de valor, flexibilização de jornada de trabalho e benefícios para qualidade de vida transformaram essa prática em receita de bolo: é só fazer isso que vai dar certo. As grandes companhias foram atrás disso. E as agências de comunicação acompanharam.
Pode parecer que problemas na miscigenação de gerações é um assunto velho. E é. Mas ainda é mais real do que parece. As teorias foram todas ditas, escritas, sacramentadas. A prática, contudo, não foi é tão simples porque esqueceram que empresas são compostas por pessoas, cheias de peculiaridades, egos e, claro, dificuldades. Surgem cobranças. Afinal, não era essa geração que iria ser disruptiva e trazer inovações para o cliente?
Cadê?
Cobrou-se de toda uma geração ser mais ágil, mas sem ser ansiosa. Ser competente sem ofuscar quem tem anos de companhia, ser independente e respeitar a hierarquia. É a geração do meio a meio, que faz o meio de campo entre os Zs – com seus 140 caracteres – e os Xs – com e-mails longos. Aí acaba acontecendo o fenômeno da volatilidade: 2 anos em cada empresa. Não mais, não menos. É o tempo de realmente conhecer a casa e acabar o conto de fadas contado pelo setor de RH.
Mas, então, o que o Millennial tem a dizer sobre isso? Simples. Vamos dar 110% de nós nas horas que nos competem, vamos entregar tudo que temos que entregar, vamos bater as metas, vamos propor coisas novas e algumas nem tanto e, depois, vamos embora.
E o que esperamos de volta?
Reconhecimento e parceria. Nos ensinem o que vocês sabem, ouçam o que temos a dizer e nos ajudem a lapidar ideias. Não precisam nos agradecer todo fim de dia, mas empoderem quando virem que estamos aptos àquela tarefa e… – Sabe aquele e-mail em que o cliente parabenizou a equipe? Passe-nos os parabéns… E, no fim do dia, estaremos todos mais felizes.
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Tatiane Pellegrino Dias é formada em Jornalismo e se orgulha em ser uma profissional que combina o compromisso da verdade inerente ao exercício da função de jornalista e a inquietude do perfil de relações-públicas. Apaixonada por temas relacionados à Comunicação, é usuária assídua de mídias sociais e conhecedora de sua importância no posicionamento de uma empresa nos dias atuais, procurando estar em constante atualização para levar à sociedade informação de qualidade e fácil acesso.