Comunicação interna: o produto invisível que (quase) ninguém quer vender. Por Maria Carmem de Souza.

No meu último artigo – “Nem só de tiktokers vive uma instituição” – tratei da importância de olhar para dentro antes de querer brilhar lá fora.

Uma leitora me escreveu algo que ficou na minha cabeça: “É verdade, precisamos tratar as pessoas com carinho”.

Foi nessa hora que caiu a ficha: muita gente ainda não sabe o que é comunicação interna.

Comunicação interna não é favor. É estratégia. Não é só um informativo. Não é só uma mensagem-padrão no WhatsApp. Não é só um recado no quadro de avisos.

 

Comunicação interna é o fio que conecta a equipe à missão da instituição. É a ponte entre líderes e colaboradores. É o oxigênio da cultura organizacional.

 

E cultura, você sabe, é o que permanece mesmo quando o líder sai da sala.

 

Mas será que falamos o suficiente sobre isso?

 

Enquanto campanhas externas ganham roteiros, vídeos, impulsionamento e aplausos… a comunicação interna ainda depende da boa vontade de “alguém da equipe”.

Será que o problema é falta de interesse da instituição ou falta de venda da nossa parte?

 

Vamos fazer um exercício?

 

E se tratássemos a comunicação interna como tratamos uma campanha de marketing? Com branding, por exemplo?

Branding é o processo de construção e fortalecimento de uma marca.

E se fizéssemos isso com a comunicação interna?

Com nome, identidade visual, consistência de linguagem, rituais, canais bem definidos?

Você venderia melhor esse “produto” para dentro da sua empresa. E as pessoas comprariam.

 

Profissional da comunicação, esse desafio é seu.

 

Você tem se dedicado à comunicação interna com o mesmo empenho com que lança um vídeo nas redes?

Você tem dados, planos, argumentos e propósito na hora de defendê-la?

Por isso faço um convite:

  • Trate sua comunicação interna como um ativo estratégico;
  • Crie desejo por ela;
  • Faça branding dela;
  • Envolva, escute, informe, encante.

Porque, no fim das contas, talvez o melhor marketing institucional seja aquele que começa do lado de dentro.

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Maria Carmem de Souza é formada em Comunicação Social, jornalista e relações-públicas, licenciada em Letras e pós-graduada em Língua Portuguesa e Gestão da Comunicação Organizacional. Atua há 30 anos na área da Comunicação e nesta trajetória passou por jornal, revista, rádio, assessoria de imprensa, televisão, diretoria de jornal e rádio, coordenação de comunicação e, agora, escreve para mídias sociais – como produtora de conteúdo no LinkedIn e no Instagram, além de ser coordenadora de projetos em um gabinete municipal.