Como a Educomunicação presente no ambiente escolar pode ajudar a nos salvar das fake news? Por Thalita Mainardes Rocha.

Cada vez mais somos bombardeados por notícias – verdadeiras ou não. Elas vêm de todos os lados e muitas vezes não sabemos de onde saíram. Mesmo as crianças recebem uma enxurrada de informações diariamente. O que aponta o maior estudo já realizado sobre a disseminação de notícias falsas na internet preocupa. Publicada na Revista Science e realizada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), a pesquisa aponta que as notícias falsas se espalham 70% mais rápido que as verdadeiras e alcançam mais pessoas. Quando as crianças crescem, o senso crítico terá vindo de onde?

A Educomunicação colabora para a consciência da persuasão e ideais implícitos nos meios de comunicação. Ela possibilita que, na escola, os alunos explorem a mídia. Assim, conheçam a justiça, o pensamento crítico, a solidariedade, entre outras competências. As informações variadas e instantâneas trazem, sim, benefícios – e são muitos. Só precisamos, desde cedo, saber enxergar mais do que está nas notas dos jornais.

O estudante precisa que aconteça a formação para enfrentar o que virá, além de um ambiente que permita o debate, é claro. O essencial é mostrar que é assim que se constroem a cidadania e a democracia: com o poder de acesso à informação, interpretação e escolha.

Para isso, é necessário ‘formar os formadores’. O professor deve ser o primeiro a saber qual caminho traçar para levar os alunos à cidadania e ao senso crítico. Além de estar no papel do mediador, que tem como missão oferecer a informação e possibilitar o debate e interpretação, o professor é um formador de opinião, assim como as mídias. É essencial a sua formação para ensinar a interpretar.

Precisamos da Educomunicação para enxergarmos o que acontece ao nosso redor. Precisamos interpretar, filtrar, aprender e trazer contribuições. Isso só acontecerá quando educados para entender!