Como a comunicação pode mudar o mundo. Por Jennifer Roza.

No último final de semana (27/07), tive o prazer de rever uma pessoa muito querida, a jornalista Sandra Cecília Paradelles. Há pessoas que quando encontramos temos a certeza de que o papo será bom, e realmente eu não estava enganada. O encontro aconteceu nessa casa já conhecida pelo pessoal alternativo da minha cidade, Caxias do Sul, na ‘Associação Cultural Paralela’, fazendo parte do projeto Usina de Valores. Tive o prazer de poder interagir com muita gente engajada na oficina de escrita criativa e ativismo da Sandra, inclusive, Caxias do Sul é a única cidade do interior a fazer parte deste projeto.

Durante o evento, que acontecerá em dois sábados consecutivos (27/07 e 03/08), houve uma troca de ideias e de conhecimentos. De uma forma não linear pudemos discutir assuntos atuais e que desafiam os jovens que, como nós, sempre viveram em um regime democrático. Um exemplo a ser citado foi a polêmica envolvendo a Ancine (Agência Nacional do Cinema). Mesmo vivendo em um país cheio de problemas sociais e onde muitas vezes pessoas são privadas das coisas mais básicas, tais como de alimentos, por exemplo, ainda sim temos um governo que faz questão de se envolver nessa polêmica com a justificativa de estar defendendo a família. Pudemos nos questionar sobre nosso papel como cidadãos e como seres políticos, sobre a diferença entre ativismo e militância. Algo muito interessante também foi a discussão acerca do papel das redes sociais hoje, algo que já é a principal ferramenta de trabalho de muitos comunicadores. Memes à parte, na primavera árabe – se a tomarmos como exemplo -, sabe-se que essas tecnologias tiveram um papel fundamental. É muito mais do que escrever textão – as redes sociais são a ‘ágora’ da atualidade.

É muito importante termos este tipo de espaço de diálogo. Dificilmente jovens como os que eu encontrei por lá se reúnem com este propósito, pelo menos por aqui costuma ser assim, infelizmente. Outra coisa muito interessante é que pudemos trocar; eu falei sobre o blog que escrevo, outros meninos falaram sobre uma performance de um coletivo LGBT de que participam e que iriam realizar na Câmara de Vereadores, e uma moça contou sobre o ‘Slam das Manas’, assim pudemos melhorar ainda mais nossa convivência naquele espaço.

Acredito que o meu papel como comunicadora é o de mudar a minha realidade, independentemente de ideologias ou de partidos, creio que esse é o meu propósito como graduada em Relações Públicas e como ser humano. O mundo é um lugar lindo, mas infelizmente vemos muitas injustiças. Nosso papel nas organizações seria o de ser ponte, de fortalecer o diálogo entre os mais diversos públicos com a finalidade de promover a diversidade e de melhorar o relacionamento. Cada estudante tem um sonho ao entrar na universidade; ao longo do caminho crescemos e podemos mudar nosso ponto de vista; o importante é estarmos sempre em constante evolução e conscientes de qual é o nosso papel não só nas organizações, mas também no mundo. Afinal, que futuro você deseja p’ra nós? Até mesmo o futuro de nossa profissão é incerto, entretanto o que podemos fazer hoje para melhorar o que temos? Escolha fazer, mude o mundo ao seu redor, vivendo uma revolução de cada vez, juntos os comunicadores podem mudar a realidade!

Jennifer Roza é formada em Comunicação Social, habilitação em Relações Públicas, pela Universidade de Caxias do Sul. Tem experiência profissional em assessoria de imprensa, marketing digital e eventos. Além do trabalho em comunicação, também ministra aulas de inglês e atua como voluntária em projetos sociais em sua cidade, Caxias do Sul.