Quem nunca se perguntou ao chegar no trabalho: o que devo fazer hoje? Por onde eu começo? Para onde esse “barco” está indo? Será que o meu líder me ajudaria caso eu não consiga fazer essa entrega?
Empresas que constroem práticas de gestão que geram engajamento saem na frente facilitando essas respostas.
E qual o papel da cultura organizacional na construção dessas práticas? Ela facilita a convergência de ideias. Uma cultura forte minimiza as chances de uma empresa ser composta por várias “ilhas”, onde cada uma tem as suas regras e, por vezes, não são compatibilizadas.
A cultura pode ser entendida como o combustível para o engajamento das pessoas, principalmente se ela for de conscientização e confiança, ao invés de comando e controle, na qual as pessoas, através do senso de competência, da autonomia e das relações saudáveis, realizam suas atividades e entregam seus resultados.
No livro “Felicidade dá lucro”, de Márcio Fernandes, podemos entender a importância da felicidade das pessoas dentro das empresas e o impacto que isso traz nos resultados. Colaboradores buscam segurança, desenvolvimento e reconhecimento. Construir práticas que atendam essas necessidades das pessoas traz muitos benefícios.
A liderança é peça fundamental para viabilizar o caminho entre uma cultura vivenciada e a cultura desejada, ou aspiracional.
O planejamento estratégico tem como ponto de partida o mapeamento dos valores e competências. Para atingir o objetivo do seu negócio ou área, busque entender como as pessoas se comportam, como você gostaria que elas se comportassem e quais os caminhos para que essa mudança aconteça.
Alguns podem achar difícil discernir a cultura e, de fato, pode não ser uma tarefa simples, especialmente para aqueles que já a vivenciam por muito tempo. É interessante pensar que para uma pessoa recém-chegada a uma empresa ou instituição, não é difícil perceber a cultura; ela logo percebe quais comportamentos levam, por exemplo, a promoções ou demissões. Em contrapartida, para quem já está inserido há muito tempo, certos comportamentos coletivos passam despercebidos.
O melhor jeito para resolver essa questão é ouvir as pessoas; o diálogo e a escuta ativa proporcionam o entendimento da cultura atual e viabilizam a cocriação de uma nova cultura.
Um dos principais investimentos que uma empresa deve fazer é no fortalecimento de sua cultura; ela proporcionará os elementos necessários para o estabelecimento de um clima positivo, fundamental para que seus colaboradores atinjam a alta performance.
“Porque existe um jeito certo de fazer as coisas”.
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Cristiana Aguiar é economista, especialista em gestão empresarial e gestão de pessoas. Membra do Conselho Empresarial de Governança, Compliance e Diversidade da Associação Comercial do Rio de Janeiro, sócia-fundadora e CEO da Jeito Certo Consultoria, e membra do Compliance Women Committee. Tem diversos artigos publicados no Jornal do Brasil, ACRJ e Ecommerce Brasil. É apaixonada por gente e gestão de empresas, e vê como sua principal missão profissional ajudar pessoas a agregarem valor ao trabalho.