Em 01/02/1914 começou a funcionar – na Light, em São Paulo – o primeiro departamento de Relações Públicas em território brasileiro.
A pioneira iniciativa – a cargo do engenheiro alagoano Eduardo Pinheiro Lobo – buscava cuidar melhor das relações entre a companhia, seus clientes e autoridades governamentais.
Vivia-se, no Brasil (e na São Paulo) de então, tempos muito diversos. A iluminação pública era privilégio de áreas restritas dos centros urbanos e o transporte público baseava-se, ainda, na força animal e nos bondes(*)… da Light.
A companhia, um gigante para a época, era conhecida pelo sarcástico apelido “polvo canadense”, uma vez que seus interesses (“multinacionais”) estendiam-se para diversos ramos das atividades de urbanização – muito além do fornecimento de energia.
A seguir, uma reprodução artística do aviso que circulou na companhia em 31 de janeiro de 1914:
(*) A The São Paulo Tramway Light and Power Company Ltd. tinha ações negociadas. Novidade no Brasil, esses papéis – chamados “bonds” (do termo original em inglês) – serviam à captação de recursos para as mais variadas operações privadas. As duas “novidades” (papéis negociáveis e transporte urbano movido a energia elétrica) foram introduzidas ao mesmo tempo no vocabulário do brasileiro da época. E aqueles pesados carros que não mais eram puxados por cavalos passaram a chamar-se, carinhosa e sarcasticamente, “bondes”.