TUDO COMUNICA - Como mapear stakeholders pode fazer a diferença e prevenir possíveis crises?

No dia 19 de  dezembro foi amplamente divulgado na imprensa que uma fiscalização feita em dependências da fábrica da marca Animale, que pertence ao Grupo Soma, constatou a existência de relações de trabalho análogas à escravidão nas Oficinas.

E essa não é a primeira vez que uma grande marca, reconhecida por quesitos como requinte e elegância, se vê envolvida nesse tipo de escândalo. Em termos de comunicação, como podemos analisar esse fato?

Como o próprio nome da coluna diz, ‘Tudo Comunica’. Em tempos de fiscalização e de um papel vigilante cada vez mais fortemente desempenhado pela sociedade civil, as marcas precisam rever toda a sua cadeia de valor.

Quando uma empresa fecha contrato com determinado fornecedor, não se trata apenas de uma transação comercial. Pode parecer óbvio, mas analisar o histórico dos parceiros e estabelecer critérios bem claros pode ajudar a empresa a se prevenir de uma crise de imagem e reputação no futuro.

Na era das marcas com causas e propósitos somos vistos como apoiadores ou defensores daquelas às quais nos associamos. Então, o que as empresas precisam fazer?

O primeiro passo é investir no mapeamento de seus stakeholders, priorizando o histórico dos possíveis fornecedores antes de sua contratação. Afinal, ninguém vai acreditar que a empresa ‘não sabia’ que determinado elo de sua cadeia produtiva estava envolvido em um escândalo, não é?

Na indústria farmacêutica, por exemplo, há um movimento muito forte de criação de critérios e parâmetros para fazer uma pré-qualificação de fornecedores e contratar apenas aqueles que atendem a determinados requisitos. É necessário, afinal, tudo comunica!

Assim, antes de se posicionar ao lado de uma marca e se tornar parceiro dela, pesquise, mapeie e invista em informação. Isso pode ser o diferencial entre uma crise na imprensa e uma imagem preservada!