TUDO COMUNICA - 32 passos para identificar fake news e evitar ser enganado na internet.

Uma das maiores preocupações no mundo digital atualmente é a propagação de notícias falsas, levando alguns a considerarem os tempos atuais como ‘a era da pós-verdade’. Isso significa que, cada vez mais, usuários de sites e redes sociais vêm sendo enganados por fake news, levando-os a tomarem atitudes pouco louváveis por conta de desinformação.

A popularização das redes sociais digitais facilitou o compartilhamento de notícias e transformou o cidadão comum em potencial produtor de conteúdo, bastando apenas ter acesso a um dispositivo móvel conectado à internet. Mas, por outro lado, outro fenômeno ganhou maiores proporções: a difusão de boatos.

É nesse contexto de viralização de mensagens e produção de conteúdo por múltiplos emissores que a detecção de rumores e identificação de suas origem desafia o trabalho dos profissionais que lidam com redes sociais, especialmente devido aos potenciais impactos que essa dispersão pode trazer para a imagem e reputação institucionais.

Para evitar ser apanhada por esse tipo de conteúdo-armadilha muito compartilhado em grupos do WhatsApp, por exemplo, criei 32 passos para identificar se uma notícia é real ou ‘fake’. Confira a seguir:

TEXTO

  • Há uma formatação incorreta e fora dos padrões?
  • Há uso exacerbado de adjetivos?
  • São verificados muitos erros de ortografia?
  • As datas são verdadeiras e atuais ou se trata de uma notícia ou boato antigo sendo novamente compartilhado?
  • O texto tira o crédito de outros e diz ser a revelação de um fato ocultado pela mídia tradicional?

FOTOS

  • As imagens parecem reais ou seriam manipuladas?
  • É possível encontrar a foto original fazendo a chamada busca reversa da imagem? (Para verificar use aplicativos como Tineye ou o próprio Google e Bing).
  • A foto usada na matéria tem citado de onde foi retirada (fonte)?

TOM

  • Essa reportagem tem tom de brincadeira ou ironia?
  • É uma paródia de algum acontecimento recente?

FONTE

  • O texto, vídeo ou áudio, está sendo compartilhado sem atribuição clara de ao menos uma fonte?
  • Os especialistas consultados são conhecidos?
  • Esses profissionais são credenciados por instituições renomadas?
  • A fonte à qual é atribuída a notícia tem uma boa reputação?
  • A fonte é reconhecida como autoridade em seu meio?
  • É possível identificar a fonte original e primária de onde partiu a informação? (Transparência das fontes é um critério para o ‘fact checking’).
  • Isso consta nos canais oficiais do órgão citado na matéria falsa ou no boato?
  • É possível obter uma outra versão do dado consultando a assessoria do órgão oficial citado?
  • As fontes de onde o autor da notícia retirou os dados estão claras?

CHECAGEM

Analise o site e se pergunte:

– Esse canal costuma publicar notícias assim para conseguir likes?

– Essas fontes podem ser rechecadas e consultadas?

– É possível fazer o cruzamento de fontes (Digite essa informação em algum mecanismo de busca e veja se foi reproduzida em outros canais).

– É possível consultar o histórico da página que publica a informação?

– Quem deu as declarações são autoridades no assunto ou podem ser ‘perfis fake’?

REPRODUÇÃO

  • Essa notícia saiu em outros sites?
  • Essa notícia foi compartilhada por algum órgão oficial?
  • Essa notícia está sendo compartilhada nas redes sociais?
  • A versão da notícia foi esclarecida por sites especializados em checagem tais como Agência Lupa, E-farsas e Boatos.org?
  • Há fontes de apoio que confirmam o que a notícia diz?
  • ‘Perfis fake’ nas redes sociais estão contribuindo para a difusão dessa notícia?

ALGUNS SITES ÚTEIS:

Revista PIAUÍ/LUPA

E-farsas

Boatos.org

MAIS

https://botometer.iuni.iu.edu/

https://hoaxy.iuni.iu.edu/

https://www.tineye.com/